PCGO captura terceiro suspeito de homicídio motivado por rivalidade de torcida, em Goiânia
Prisões reafirmam linha de investigação que aponta motivação ligada ao universo das torcidas organizadas; vítima foi morta após discussão iniciada em distribuidora de bebidas no Residencial Veredas Buritis.

A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) cumpriu, na segunda-feira (8), o mandado de prisão temporária contra o terceiro suspeito de participação no assassinato de um jovem encontrado morto em maio, em uma área isolada próxima à Avenida Vinícius de Morais, no bairro Vera Cruz, em Goiânia. O caso, tratado desde o início como homicídio qualificado, envolveu violência extrema e circunstâncias que, segundo a Polícia Civil, indicam motivação ligada ao ambiente das torcidas organizadas.
De acordo com as investigações, a vítima — cujo nome não foi divulgado para preservar familiares — estava em uma distribuidora de bebidas no Residencial Veredas Buritis quando passou a conversar com três homens que vestiam uniformes da torcida Mancha Verde. O comentário feito pelo jovem, afirmando que raramente via integrantes da torcida organizados em Goiás, teria sido interpretado como provocação pelo trio. A partir desse ponto, a abordagem aparentemente amistosa se transformou em intimidação e coação.
Mesmo após tentar explicar-se para evitar conflito, o jovem foi pressionado a entrar no veículo dos suspeitos. No trajeto, sofreu agressões e foi levado até uma região de mata no bairro Vera Cruz, onde acabou esfaqueado. O corpo apresentava múltiplas lesões causadas por arma branca, o que reforçou a conclusão preliminar de execução motivada por retaliação.
A Polícia Civil prendeu dois dos envolvidos ainda em maio, em flagrante, após identificar a rota do veículo e reunir os primeiros depoimentos de testemunhas presentes na distribuidora. O terceiro investigado, que fugiu logo após o crime, foi localizado após semanas de diligências, cruzamento de dados e monitoramento silencioso de endereços associados ao suspeito.
Com a conclusão dessa etapa, a DIH reforça que o caso segue em fase de aprofundamento, especialmente no que diz respeito à participação individual de cada suspeito e à possível vinculação formal do grupo a torcidas organizadas atuantes no Estado. A corporação avalia ainda se o crime foi ato isolado ou se há elementos que indiquem padrões semelhantes em ocorrências envolvendo conflitos de grupos uniformizados.
A prisão do terceiro suspeito consolida o avanço do inquérito e permitirá ao Ministério Público formular a denúncia com base em um conjunto robusto de provas materiais e testemunhais. A Polícia Civil destacou que continua trabalhando para esclarecer todos os detalhes e garantir responsabilização plena pelos atos cometidos.
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