8 de novembro de 2025
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Agrodefesa intensifica orientações para combater cigarrinha-do-milho e prevenir enfezamentos em Goiás

Produtores devem adotar medidas integradas para proteger a safra e evitar perdas significativas na produção de milho.
Área plantada do milho tem expectativa de crescimento passando de 1,74 milhão de hectares para 1,88 milhão de hectares – aumento de 8,1% (Foto: Fabiano Bastos/Embrapa)

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforça as orientações aos produtores rurais de Goiás sobre os cuidados necessários com a cultura do milho, especialmente diante da proximidade da segunda safra e do período de entressafra. A principal preocupação é a prevenção contra a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), inseto vetor dos enfezamentos pálido e vermelho, doenças que podem causar prejuízos de até 100% na produção, dependendo da época de infecção e da suscetibilidade da cultivar plantada.

Goiás destaca-se como o terceiro maior produtor de milho do Brasil, com uma produção estimada de 12,7 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, representando um aumento de 12,7% em relação à safra anterior. A área plantada também deve crescer, passando de 1,74 milhão para 1,88 milhão de hectares, um incremento de 8,1%.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatiza a importância da educação sanitária e da adoção de estratégias eficazes na prevenção de pragas na cultura do milho. “A Agrodefesa tem buscado conscientizar os produtores, que são nossos parceiros, para a aplicação de estratégias eficazes na prevenção de pragas da cultura do milho. Goiás é hoje um dos principais produtores nacionais do grão e é preciso atenção quanto ao cumprimento das medidas fitossanitárias, incluindo o manejo integrado de pragas”, destaca.

Impacto da Cigarrinha-do-Milho e dos Enfezamentos

A cigarrinha-do-milho é responsável pela transmissão de molicutes, bactérias que causam os enfezamentos pálido e vermelho. Essas doenças comprometem o desenvolvimento das plantas, resultando em sintomas como redução do porte, encurtamento de internódios, proliferação de espigas deformadas e, em casos severos, perdas totais na lavoura.

Medidas Recomendadas pela Agrodefesa

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, ressalta que o controle eficaz da cigarrinha-do-milho requer a implementação de diversas medidas simultaneamente. “Nenhuma ação isolada é suficiente para controlar a cigarrinha do milho e os enfezamentos. Porém, a utilização simultânea, pelos produtores, de várias medidas de prevenção pode reduzir expressivamente o risco de danos acarretados por essas pragas”, reforça.

As principais recomendações incluem:

  • Entressafra: Eliminação das plantas voluntárias de milho (tigueras) e manutenção das lavouras livres de plantas daninhas.
  • Semeadura: Sincronizar o período de plantio na região; evitar a proximidade com lavouras mais velhas infectadas; utilizar híbridos com maior tolerância genética aos enfezamentos; e empregar sementes certificadas tratadas com inseticidas registrados.
  • Cultivo: Monitorar a presença da cigarrinha entre os estágios VE (emergência) e V8 (oitava folha) do milho; aplicar métodos de controle recomendados para reduzir a população do vetor; e rotacionar os modos de ação dos inseticidas para evitar resistência.
  • Pós-colheita: Transportar corretamente o milho colhido para evitar a perda de grãos; realizar rotação de culturas e evitar o plantio sucessivo de gramíneas.

Além disso, a Agrodefesa, em parceria com instituições de pesquisa e entidades de classe, lançou a campanha “Milho Tiguera Zero”, idealizada pela pesquisadora Dra. Jurema Rattes. A iniciativa visa conscientizar os produtores sobre a importância da eliminação das plantas voluntárias de milho, que servem de hospedeiras para a cigarrinha-do-milho, facilitando a perpetuação da praga entre as safras.

Importância da Adoção de Medidas Integradas

Estudos indicam que plantas de milho afetadas pelo complexo de enfezamentos produzem grãos com menor teor de amido, impactando diretamente a qualidade e o rendimento da produção. A redução pode variar de 6% a 38%, dependendo da severidade dos sintomas e da suscetibilidade do híbrido plantado.

Portanto, a adoção de um manejo integrado e a implementação das medidas recomendadas são essenciais para garantir a sanidade das lavouras e a produtividade da cultura do milho em Goiás. A Agrodefesa permanece à disposição dos produtores para fornecer orientações técnicas e suporte necessário na implementação dessas práticas.

Para mais informações e acesso a materiais educativos, os produtores podem consultar o Guia de Pragas e Doenças disponibilizado pela Agrodefesa em suas plataformas oficiais.

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Marcus

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