Pastora é condenada a 15 anos de prisão por envenenar marido em Goiás
Julgamento revelou crime motivado por disputa financeira; ré tentou simular suicídio da vítima para obter benefício.
O Tribunal do Júri de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, condenou a pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira, de 44 anos, a 15 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado de seu marido, José Maria Vieira de Oliveira, em setembro de 2022. O julgamento ocorreu na última terça-feira (3), e a decisão trouxe à tona detalhes de um crime planejado e motivado por disputas financeiras.
Crime e motivação
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Sueli envenenou o marido após uma discussão, no contexto de um processo de separação conturbado. A investigação revelou que a pastora havia feito um plano funerário para José Maria, listando-se como beneficiária, com o objetivo de obter vantagens financeiras após sua morte.
Na noite do crime, Sueli administrou o veneno e tentou simular um cenário de suicídio, esperando confundir as autoridades e garantir o benefício.
De acordo com o promotor de Justiça André Lobo Alcântara Neves, Sueli afirmou em depoimento que havia saído de casa e encontrado o corpo do marido ao retornar na manhã seguinte, alegando que ele havia tirado a própria vida. No entanto, essa versão foi desmontada pelas provas técnicas e pelos depoimentos de testemunhas que confirmaram inconsistências em seu relato.
Histórico de violência
Durante as investigações, surgiram relatos de que Sueli tinha um histórico de agressões físicas contra José Maria, embora ela tenha negado envolvimento no crime até o fim. As provas periciais e o depoimento de pessoas próximas ao casal foram cruciais para o desfecho do caso.
Sentença e regime de cumprimento
O juiz Lázaro Alves Martins Júnior, responsável pela sentença, fixou a pena de 15 anos de reclusão por homicídio qualificado, com impossibilidade de recorrer em liberdade. Sueli já se encontra presa desde o início das investigações e continuará cumprindo pena em regime fechado.
Repercussão e lições do caso
O julgamento chamou atenção pela complexidade do crime e pela tentativa de manipulação dos fatos para obter lucro financeiro. A condenação reforça a importância de investigações minuciosas e de um sistema judicial atento a crimes envolvendo violência doméstica e financeira.
O caso também reacende debates sobre a necessidade de mais atenção e suporte para casais em situações de conflito, buscando prevenir episódios que possam escalar para violência letal.
Próximos passos
Com a sentença definida, o caso será encerrado judicialmente, mas serve como um alerta para a sociedade sobre as graves consequências de conflitos mal resolvidos, principalmente em contextos familiares e financeiros. A Justiça de Goiás continua empenhada em garantir que crimes como este não fiquem impunes.
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