Operação ‘Diploma Fake’ desmantela esquema de venda de certificados falsos em Goiás
Polícia Civil investiga a emissão de diplomas fraudulentos de ensino médio, graduação e pós-graduação; suspeitos utilizavam aplicativos de mensagens para negociar documentos.
A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigação Criminal de Anápolis (3ª DRP), deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação ‘Diploma Fake’, visando combater a comercialização de diplomas falsos no estado. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão relacionados à investigação que apura a venda de certificados fraudulentos de ensino médio, graduação e até mesmo pós-graduação para indivíduos que nunca frequentaram os cursos correspondentes.
Esquema de Fraude
As investigações revelaram que os suspeitos recebiam pedidos por meio de aplicativos de mensagens, nos quais os interessados forneciam seus dados pessoais. Após o pagamento, os diplomas solicitados eram entregues em poucos dias, sem que os compradores tivessem assistido a aulas ou realizado avaliações.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Carlos Cruz, destacou a gravidade da situação: “Estamos lidando com uma rede que compromete a integridade do sistema educacional e coloca em risco setores que dependem de profissionais qualificados.”
Desdobramentos e Investigações Paralelas
Este caso não é isolado. Em janeiro de 2025, o Ministério Público de Goiás, por meio do CyberGaeco, em parceria com o MP de Minas Gerais, deflagrou a Operação ‘Escola de Papel’. A ação visou desarticular uma organização criminosa cibernética envolvida na venda de milhares de diplomas e carteiras de estudantes falsos em todo o país. Foram cumpridos mandados de prisão e busca em São Lourenço (MG), e os bens dos investigados foram bloqueados, totalizando mais de R$ 17 milhões.
Além disso, em fevereiro de 2024, a Polícia Federal realizou a Operação ‘Mendacius’, que desarticulou um esquema de oferta irregular de cursos de graduação por faculdades sem credenciamento do Ministério da Educação (MEC). Essas instituições emitiram diplomas falsos que eram posteriormente utilizados para registros profissionais junto a conselhos de classe. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão no Maranhão, Piauí e Tocantins.
Consequências Legais
A falsificação de documentos públicos, como diplomas, é tipificada como crime no Código Penal Brasileiro, com penas que podem chegar a seis anos de reclusão. Além dos falsificadores, indivíduos que adquirirem e utilizarem esses documentos também podem ser responsabilizados criminalmente por uso de documento falso.
As autoridades reforçam a importância de verificar a autenticidade de certificados e diplomas junto às instituições de ensino e aos órgãos competentes, visando garantir a integridade do sistema educacional e a segurança da sociedade.
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