Mulher é Presa por Falsificar Identidade de Médica para Praticar Procedimentos Estéticos Ilegalmente
De acordo com a Polícia Civil, a médica legítima procurou a delegacia para denunciar que Renata Costa Ribeiro estava utilizando sua identificação profissional de maneira imprópria. Durante seu depoimento, a suspeita optou por permanecer em silêncio.
Uma mulher identificada como Renata Costa Ribeiro foi detida em flagrante por suspeita de usar o registro profissional de uma médica ginecologista para realizar procedimentos estéticos e até emitir atestados de forma ilegal. O caso veio à tona após a verdadeira médica, que tem um nome semelhante ao da suspeita, procurar a delegacia para denunciar a fraude. A investigação aponta que Renata utilizava o CRM (Conselho Regional de Medicina) da médica legítima para atender pacientes em uma clínica localizada no Setor Bela Vista, em Goiânia.
A prisão de Renata Costa Ribeiro ocorreu na segunda-feira (30), logo após a denúncia da médica verdadeira. Policiais foram até a clínica indicada pela denunciante e a encontraram atendendo uma paciente. Durante o depoimento na delegacia, Renata preferiu permanecer em silêncio.
Até o momento desta reportagem, não foi possível localizar a defesa de Renata para obter posicionamento sobre o caso.
Segundo o delegado William Bretz, que está à frente das investigações, a paciente que estava sendo atendida por Renata no momento da prisão optou por não formalizar uma queixa contra a suspeita. No entanto, foram encontrados na clínica documentos que comprovam a utilização indevida do registro profissional da médica legítima.
Renata admitiu, de acordo com o delegado, em uma conversa informal, que utilizava o CRM da verdadeira médica, alegando que tinha conhecimento e sabia o que estava fazendo, já que cursou medicina no Paraguai, embora não tenha concluído o curso e esteja atualmente estudando biomedicina.
A suspeita, Renata, será investigada pelos crimes de falsificação de documento público e exercício ilegal da medicina. Até a manhã desta terça-feira (31), a Polícia Civil não havia recebido denúncias de pacientes que tivessem sofrido complicações devido aos procedimentos realizados por Renata. Diante disso, foi autorizada a divulgação do nome e da imagem da suspeita, com o objetivo de que possíveis vítimas a reconheçam e denunciem.
Nas redes sociais, Renata afirmava ser uma referência em remodelação corporal e realizava procedimentos como aplicação de botox, rinomodelação, harmonização corporal e tratamento de flacidez pós-parto. Ela contava com mais de 6 mil seguidores.
A Polícia Civil também investigará se Renata oferecia cursos para outras pessoas, pois em suas redes sociais, ela postava fotos e vídeos como se estivesse ensinando alunas. O caso continua sob investigação para identificar possíveis vítimas e esclarecer a extensão das atividades ilegais de Renata Costa Ribeiro.