Mulher é Presa em Aparecida de Goiânia por Fingir Câncer Terminal e Lúpus para Aplicar Golpes
Kamilla Morgana, de 29 anos, conseguiu doações e serviços gratuitos ao simular doenças graves; defesa alega problemas psicológicos.
Aparecida de Goiânia, GO – Kamilla Morgana, de 29 anos, foi presa na última terça-feira (30) sob suspeita de fingir ter câncer terminal e lúpus para aplicar golpes em amigos, familiares e outras pessoas próximas. A Polícia Civil (PC) informou que ela obteve doações em dinheiro, crédito e serviços de graça, aproveitando-se da boa-fé de suas vítimas.
O Golpe
Kamilla, usando uma bandana na cabeça para simular os efeitos de um tratamento contra o câncer, conseguiu sensibilizar diversas pessoas, incluindo parentes e amigos próximos, que lhe ofereceram ajuda financeira. Segundo o delegado responsável pelo caso, a investigada usava o dinheiro arrecadado para sustentar um estilo de vida luxuoso, chegando a morar em um apartamento de alto padrão.
Denúncias e Investigação
As suspeitas sobre a veracidade das doenças de Kamilla começaram quando algumas vítimas notaram inconsistências em suas histórias e comportamento. A escola da filha dela chegou a realizar campanhas de arrecadação de fundos, transferindo o dinheiro para Kamilla via Pix. Entre as vítimas, estão prestadores de serviços, professores e familiares que emprestaram dinheiro e não foram reembolsados.
Defesa da Acusada
Em nota, a defesa de Kamilla afirmou que ela sofre de “severos problemas psicológicos” e faz uso de medicações controladas, o que comprometeria sua consciência sobre seus próprios atos. A advogada dela está acompanhando o caso e se prepara para apresentar laudos médicos que comprovem o estado de saúde mental de sua cliente.
Declarações da Polícia
O delegado responsável pelo caso, Dr. Souza, destacou a gravidade dos golpes aplicados por Kamilla: “Ela não tinha nenhuma das doenças que alegava e usava a situação para sensibilizar as pessoas e obter dinheiro. Os golpes eram sistemáticos e atingiam qualquer um que pudesse ajudar, sem qualquer consideração pelos laços de amizade ou parentesco.”
O caso chocou a comunidade de Aparecida de Goiânia, especialmente aqueles que ajudaram Kamilla acreditando em sua situação crítica de saúde. Muitos expressaram revolta e indignação ao descobrir que haviam sido enganados.
A prisão de Kamilla Morgana foi um passo importante para a Polícia Civil na busca por justiça para as vítimas. A investigação continua para identificar todas as pessoas afetadas e o total dos valores envolvidos nos golpes.
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