9 de julho de 2025
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Motorista de carreta morre após colisão traseira em bloqueio viário entre Porangatu e Azinópolis

Autoridades questionam sinalização, treinamento de operadores e turnos de fiscalização em estradas com tráfego intenso.

Em 2023 aconteceu um acidente muito grave em “pare e siga” da mesma concessionária na BR-414, onde foram envolvidos 18 veículos e morreram quatro pessoas.

Na manhã desta segunda-feira (30/6), um acidente de grande impacto foi registrado na BR‑153, no trecho entre Porangatu e o distrito de Azinópolis. Dentro de um esquema de “pare e siga”, uma carreta colidiu violentamente na traseira de outra, resultando na morte do motorista do veículo de trás, que ficou preso nas ferragens e não resistiu aos ferimentos.

Conforme relatos preliminares da Polícia Rodoviária Federal e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), esse foi o segundo acidente do tipo no local apenas nesta manhã — episódio que acende alerta para uma série de perplexidades pertinentes à operação desses bloqueios.


Sinaleiras? Treinamento? Legislação em cheque

Especialistas e órgãos de fiscalização colocam em xeque três aspectos fundamentais:

  1. Sinalização inadequada: As placas, as barreiras móveis e os equipamentos luminosos estariam pouco visíveis ou sem posicionamento adequado para alertar motoristas antes do bloqueio.
  2. Turnos de fiscalização e tempo de parada: A frequência de paradas pode não garantir a fluidez necessária, especialmente para motoristas não familiarizados com o ambiente rodoviário.
  3. Capacitação das equipes: A empresa responsável pela sinalização, que atua sob concessão da Ecovias Araguaia, possivelmente não tem equipe devidamente treinada para situações de tráfego pesado ou de expansão temporária, como nas férias.

Em 2023, a mesma concessionária enfrentou grave colisão na BR‑414, envolvendo 18 veículos e resultando em quatro mortes, situação que permanece como referência da necessidade de revisão estrutural desses blocos.


Fatores críticos: tráfego intenso e motoristas inexperientes

Trechos da BR‑153 e BR‑414 se tornam palco de trânsito intenso nas férias, com aumento expressivo de veículos, muitos de condutores eventuais ou de longa distância. A combinação de baixa familiaridade com as regras de trânsito, sinais pouco claros e a necessidade de desaceleração abrupta soma-se ao risco de colisões traseiras.

Autoridades sob pressão: o que muda?

  • Polícia Rodoviária Federal: ampliará a fiscalização neste trecho, com reforço de equipes e análise imediata das condições no local.
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT): abrirá investigação para avaliar a conformidade do plano de controle de tráfego da Ecovias Araguaia, especialmente quanto a treinamento, sinalização e tempos de espera.
  • Poder concedente: já mobilizou técnicos para reavaliar a operação de tráfego e requisitará à Ecovias explicações e medidas corretivas urgentes.

Cidadãos questionam e exigem respostas

Moradores de Porangatu e motoristas que trafegam frequentemente pela rodovia perguntam:

  • Será que a Ecovias está habilitando adequadamente seus operadores?
  • Os sinais luminosos e as placas estão colocados a tempo de alertar antes da redução de velocidade?
  • O tempo de parada está adequado ao fluxo e tipo de veículos?
  • Há controle técnico periódico do esquema?

Caminho a seguir

Este episódio reacende a discussão sobre os protocolos de segurança nas rodovias federais, especialmente em situações de tráfego controlado. Enquanto equipes técnicas se mobilizam para revisão imediata, especialistas pedem uma abordagem integrada, que contemple planejamento preventivo, investimento em equipamentos e treinamento contínuo.

Só assim será possível evitar novos acidentes, impor maior segurança a todos e garantir que bloqueios como esse não se tornem ameaças disfarçadas pelo histórico de vidas e famílias impactadas.


O grave acidente desta segunda na BR‑153 exige respostas claras. A Secretaria de Obras e Trânsito — via órgão competente — precisa protagonizar a resolução das falhas sistêmicas e restaurar a confiança no tráfego seguro. Continuaremos atentos ao desenrolar das ações e às melhorias que possam surgir.

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