Morte de Goiana no Japão Sob Investigação; Sinais de Asfixia e Queimaduras Apontam para Crime
Investigação aponta possível crime seguido de incêndio; principal suspeito é um homem de nacionalidade indiana

A primeira viagem internacional de Amanda Borges Silva, uma goiana de 30 anos, terminou em tragédia e mistério. Prevista para retornar ao Brasil na última sexta-feira (2 de maio de 2025), Amanda foi encontrada morta em um quarto de hotel na cidade de Narita, localizada na região metropolitana de Tóquio e conhecida por sediar o principal aeroporto internacional do Japão. A notícia chocou familiares e amigos, que agora aguardam respostas da investigação conduzida pelas autoridades japonesas.
Amanda, natural de Caldazinha (GO) mas residente em São Paulo, onde morava com o namorado, embarcou no início de abril para uma jornada pela Ásia. Sua primeira parada foi a Coreia do Sul, onde participou de um intercâmbio. Em seguida, viajou para o Japão, onde vivenciou momentos de lazer registrados em suas redes sociais, como a visita ao Grande Prêmio de Fórmula 1 em Suzuka, no dia 6 de abril, e ao parque temático Disney Sea.
A descoberta de sua morte ocorreu de forma abrupta para a família. Segundo relatos de parentes à imprensa goiana, eles foram contatados por meio de uma chamada de vídeo por um delegado japonês, que informou sobre o falecimento de Amanda no hotel em Narita. As informações preliminares recebidas pela família, e que agora são parte crucial da investigação, indicam que Amanda apresentava sinais de asfixia – possivelmente por inalação de fumaça – e queimaduras pelo corpo.
Ainda de acordo com o que a família reportou ter sido informada, há a suspeita de que Amanda possa ter sido dopada antes de um incêndio ser iniciado no local. O telefone celular da jovem também não foi encontrado, adicionando mais um elemento de preocupação ao caso. A imprensa local no Brasil mencionou a suspeita, baseada nessas informações iniciais transmitidas à família, de envolvimento de um cidadão de nacionalidade indiana, mas essa linha de investigação ainda precisa ser confirmada oficialmente pelas autoridades japonesas, que conduzem o inquérito de forma sigilosa nesta fase inicial.
Uma Trajetória de Dedicação e Sonhos
Amanda Borges Silva era descrita como uma jovem estudiosa e apaixonada por viagens, embora suas aventuras anteriores se concentrassem no litoral brasileiro. Sua ida à Ásia representava a realização de um sonho de conhecer o mundo. Sua trajetória acadêmica inclui graduação e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Sua dissertação de mestrado, defendida em março de 2023 sob orientação do professor Leosmar Aparecido da Silva, intitulava-se “Aspectos linguísticos, discursivos e cognitivos do português escrito em cartazes de rua”, refletindo seu interesse pela linguagem no cotidiano.
A Prefeitura de Caldazinha, sua cidade natal com cerca de 4,5 mil habitantes, emitiu uma nota de pesar lamentando a perda: “Era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos, e sua partida repentina deixa um vazio profundo em nossa comunidade.” Nas redes sociais de Amanda, onde ela compartilhava sua rotina e viagens, amigos e seguidores expressaram choque e incredulidade. Mensagens como “Que Deus te receba em um bom lugar! Até agora sem acreditar” e “Estou indignada com isso! Que a justiça seja feita!” demonstram a comoção gerada pela notícia.
Acompanhamento Oficial e Repatriação
O caso está sendo acompanhado por órgãos brasileiros. O Gabinete de Assuntos Internacionais do Estado de Goiás confirmou ao jornal O Popular que já orienta a família sobre o acesso ao auxílio funerário para goianos vitimados no exterior. Este programa governamental cobre custos de cremação e transporte das cinzas. O gabinete, no entanto, ressaltou não ter sido informado oficialmente sobre a causa da morte ou detalhes da investigação japonesa.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), por meio de sua assessoria, informou que está ciente do ocorrido e que o Consulado do Brasil em Tóquio acompanha o caso junto às autoridades locais, prestando a assistência consular cabível aos familiares da vítima. Contudo, detalhes sobre o andamento da investigação ainda não foram divulgados pelas autoridades japonesas.
Conforme apurado pela TV Anhanguera junto aos familiares, a tendência é que o corpo de Amanda seja cremado no Japão, devido às complexidades e custos do translado. As cinzas seriam, então, enviadas ao Brasil para as cerimônias de despedida.
Enquanto a comunidade lamenta a perda precoce de Amanda, a família aguarda respostas concretas da investigação, esperando que as circunstâncias de sua morte sejam completamente esclarecidas e que a justiça seja feita.
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