Morre feirante atingido por BMW em acidente no Natal; motorista colombiano pode responder por homicídio
Rivaldo Amaral, 29 anos, faleceu após 10 dias internado devido a complicações pulmonares. Caso envolve motorista estrangeiro que pagou fiança de R$ 10 mil e teve passaporte retido.

O feirante Rivaldo Amaral, de 29 anos, faleceu na noite de sexta-feira (3) em decorrência de complicações pulmonares, após passar 10 dias internado devido a um grave acidente ocorrido no dia 25 de dezembro. O caso aconteceu na Avenida Marechal Rondon, em Goiânia, quando o carro de Rivaldo foi atingido por uma BMW conduzida pelo colombiano Cristhian Andres Gonzalez Jimenez.
O acidente chocou a comunidade local, especialmente pela dinâmica e pelos desdobramentos judiciais. Após a colisão, o motorista foi preso em flagrante, mas acabou liberado mediante o pagamento de uma fiança de R$ 10 mil.
O corpo de Rivaldo foi velado em Goiânia no sábado (4) e será enterrado neste domingo (5) em sua cidade natal, Alvorada do Norte, no nordeste goiano.
Detalhes do acidente
De acordo com imagens de câmeras de segurança e relatos do Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu quando a BMW tentava desviar de um veículo parado na avenida. O motorista acabou entrando na contramão e atingindo o carro de Rivaldo. O impacto foi tão forte que o veículo do feirante pegou fogo, sendo necessário o trabalho dos bombeiros para controlar as chamas.
Rivaldo foi resgatado inconsciente, com sinais de politraumatismo, e levado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde permaneceu em estado grave até sua morte.
O motorista colombiano sofreu apenas escoriações leves. No carro de luxo, também estava uma passageira, que ficou presa nas ferragens, mas foi resgatada com vida.
Implicações legais e revolta da comunidade
Após o acidente, Cristhian Andres foi submetido a uma audiência de custódia e teve o passaporte recolhido, impedindo sua saída do país. Inicialmente autuado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, ele deve agora responder por homicídio culposo devido ao falecimento da vítima.
A liberação do motorista mediante pagamento de fiança gerou indignação entre familiares de Rivaldo e a comunidade. O advogado de defesa de Cristhian alegou que o colombiano nunca respondeu a processos judiciais e está “muito assustado” com a situação.
Risco no trânsito e o impacto da tragédia
Casos como o de Rivaldo destacam os perigos crescentes no trânsito de grandes cidades. A fatalidade reacende debates sobre responsabilidade, fiscalização e a necessidade de ações mais rigorosas para evitar acidentes envolvendo alta velocidade e veículos de luxo em áreas urbanas.
A morte de Rivaldo Amaral é mais do que uma estatística: é o reflexo de uma tragédia evitável que deixa uma família desolada e levanta questionamentos sobre a atuação da Justiça e do sistema de trânsito no Brasil.
Denúncias ou informações sobre acidentes podem ser registradas diretamente junto aos órgãos competentes, como a Delegacia de Crimes de Trânsito (DICT) e o Detran-GO.
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