Maestro de Goiás é Preso por Suspeita de Compartilhar e Armazenar Imagens de Abuso Sexual Infantil
A prisão do maestro, que atuava na Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, gerou comoção e levou a diversas exonerações e afastamentos de funções públicas. A Polícia Federal conduz operação para combater crimes envolvendo exploração sexual de menores.

Em um caso que chocou a sociedade goiana, um maestro foi preso em flagrante na última quarta-feira, 19 de março de 2025, em Anápolis, suspeito de armazenar e compartilhar imagens e vídeos de abuso sexual infantil. O suspeito, que atuava como regente na Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás e colaborava na Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), foi detido durante uma operação da Polícia Federal chamada Sinfonia Oculta. O caso levanta sérias questões sobre a segurança e a confiança depositada em profissionais públicos e culturais.
O Caso: Investigação e Apreensão de Material Ilícito
A operação policial foi desencadeada após investigações que indicaram a prática de crimes envolvendo material explícito de abuso infantil sendo compartilhado online. A Polícia Federal, com base em um mandado de busca e apreensão, conseguiu localizar diversos dispositivos eletrônicos e mídias de armazenamento no endereço do maestro, que continham arquivos com conteúdo pornográfico infantil. A apreensão incluiu computadores, celulares e outros aparelhos digitais, agora sob investigação.
A operação, que faz parte de uma série de ações de combate ao abuso sexual infantil, ainda está em andamento. De acordo com as autoridades, o maestro poderá ser acusado de posse e compartilhamento de material envolvendo abuso sexual de menores, crimes com penas que podem variar de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
Repercussão Institucional
O caso gerou grande impacto em várias instituições públicas e privadas de Goiás. A Secretaria de Desenvolvimento e Inovação do Estado de Goiás, responsável pela Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, anunciou o imediato afastamento do maestro de suas funções. A Secretaria ressaltou que a conduta não é condizente com os valores e princípios do governo estadual, que repudia qualquer violação dos direitos das crianças e adolescentes.
A Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), onde o maestro também prestava serviços em eventos e com o coral de colaboradores, também reagiu com surpresa e repúdio. A instituição, que o contratou há três anos, destacou que o profissional foi desligado de imediato após a divulgação das acusações. Em uma nota oficial, a universidade afirmou que a atitude do suspeito “não condiz com os princípios de respeito à dignidade humana que a instituição preza”.
Além disso, a Secretaria Municipal de Cultura de Anápolis, na qual o maestro também desempenhava funções de apoio e logística para a Rede Municipal de Núcleos Musicais, solicitou a exoneração imediata do servidor. A ação gerou discussões sobre como os órgãos de cultura devem manter maior vigilância sobre os profissionais envolvidos com crianças e adolescentes.
Medidas e Ações Legais
O Governo de Goiás, por meio de suas secretarias, afirmou que tomará todas as medidas legais cabíveis. Uma sindicância será aberta para apurar a conduta do servidor público, e caso as acusações se confirmem, um processo administrativo disciplinar será instaurado. Em nota oficial, o governo reiterou que não tolera tais atitudes e garantiu que a proteção dos direitos das crianças e adolescentes será uma prioridade.
O caso, além de ser um duro golpe para as instituições culturais envolvidas, destaca a importância de medidas de segurança mais rigorosas para evitar que crimes como este aconteçam no ambiente de ensino e formação de jovens, especialmente em áreas sensíveis, como a música e a cultura.
Um Olhar Crítico sobre a Segurança em Instituições de Ensino e Cultura
Este episódio serve como um alerta para o monitoramento de profissionais que lidam diretamente com crianças e adolescentes em atividades educacionais e culturais. A confiança que a sociedade deposita em figuras públicas, como maestros, educadores e outros profissionais de destaque, exige uma vigilância constante e um processo rigoroso de avaliação de conduta.
Além disso, o caso reforça a necessidade de sistemas mais eficazes de prevenção e denúncia de abusos dentro de instituições culturais e educacionais, especialmente aquelas com alcance sobre menores de idade.
O Impacto na Sociedade
A prisão do maestro também trouxe à tona um debate mais amplo sobre como as comunidades devem lidar com crimes envolvendo menores e como proteger as futuras gerações de abusos tão graves e devastadores. A sociedade goiana aguarda que a justiça seja feita, e que o caso sirva para reforçar a importância de políticas de proteção e de enfrentamento do abuso sexual infantil.
O caso do maestro preso por compartilhar e armazenar material de abuso sexual infantil é um reflexo sombrio dos desafios que as instituições públicas e culturais enfrentam na proteção de crianças e adolescentes. A investigação continua, e as autoridades têm se comprometido a tomar todas as providências necessárias para esclarecer os fatos e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.
Esse caso é um lembrete de que a luta contra o abuso sexual infantil é contínua, e exige que todos os setores da sociedade se unam para erradicar essa prática cruel e devastadora.
Nota da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação do Estado de Goiás
Em atenção à demanda sobre a prisão de servidor em Anápolis na última quarta-feira (19), informamos que:
– Até que sejam esclarecidos os fatos, o servidor citado na operação foi afastado de suas funções junto à Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, que eram de montagem, sonorização e logística.
– Em obediência ao rito legal, o processo corre em segredo de Justiça e por isso não temos detalhes sobre o caso até o momento.
– O Estado abrirá sindicância para apurar o caso e, caso sejam confirmadas as suspeitas, será aberto processo administrativo disciplinar, dado que é servidor efetivo, para sejam tomadas as devidas providências.
– O Governo de Goiás reitera que não tolera esse tipo de conduta e tomará todas as medidas necessárias para garantir proteção aos goianos, sempre respeitando o devido processo legal.
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