Mãe é presa em Goiás suspeita de matar filho de 1 ano; laudo revela hemorragia interna
Caso investigado como homicídio doloso: versão de engasgamento durante banho é contestada por exames que apontam lesões no corpo e indícios de violência

O município de São Simão (GO) registrou a prisão de uma mulher suspeita de assassinato após a morte de seu filho de 1 ano, Gael Henrique Cândido Mendes, ocorrida em São Joaquim da Barra (SP). Junto a ela, a madrasta da criança, já detida desde agosto, também é investigada. A versão inicial de que o bebê teria se engasgado durante o banho é contradita pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML), que constatou hemorragia interna, fraturas e lesões diversas no corpo infantil.
Versões conflitantes e evidências
No dia do incidente, ocorrido em 31 de julho, Gael foi encaminhado pela família à Santa Casa de São Joaquim da Barra, mas não resistiu. A mãe e a madrasta inicialmente disseram que o bebê havia engasgado durante o banho. Contudo, o laudo pericial apontou hemorragia abdominal severa, presença de ferimentos no rosto e na cabeça, além de fraturas no braço. Segundo as autoridades, a fratura não teria recebido tratamento adequado, o que reforça suspeitas sobre agressão.
A prisão da mãe ocorreu em Goiás nesta terça-feira (14), segundo a Polícia Militar local, e ela foi encaminhada à unidade prisional de Rio Verde (GO). A madrasta, já sob custódia em São Paulo desde agosto, foi denunciada por homicídio doloso.
O delegado Victor Farnezi, responsável pelas investigações em SP, afirmou que a mãe não estava em situação de foragida e que sua localização era conhecida pelas autoridades. Ele ressaltou que ambos os adultos estão sendo investigados por homicídio no contexto de violência doméstica e abuso de vulnerável.
Procedimento investigativo
Os dois corpos de prova centrais — o laudo pericial do IML e depoimentos contraditórios — são pilares do inquérito policial que transita sob sigilo. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil de São Paulo, sob rito de homicídio doloso, possivelmente com qualificadora de maus-tratos a criança.
Ainda não houve manifestação pública da defesa das acusadas.
Cenário e implicações
Este caso expõe tragicamente o desafio de proteção infantil e o risco que crianças vulneráveis sofrem dentro do ambiente familiar. A divergência entre a narrativa inicial e os resultados periciais reforça a necessidade de critérios técnicos e rigorosos para apuração de mortes em crianças por causas não claras.
A legislação brasileira prevê que homicídio doloso contra menores pode resultar em pena mais severa. Caso a condenação seja confirmada, a mãe e a madrasta poderão responder por homicídio qualificado e abuso infantil, conduzindo o processo por varas especializadas em infância e juventude.
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