21 de novembro de 2024
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Justiça condena dois envolvidos no assassinato de corretor de imóveis por dívida milionária, em Rio Verde

Júri popular sentencia criminosos a mais de 24 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Wellington Luiz Ferreira Freitas.

Assassinato brutal por dívida milionária: Justiça condena criminosos pelo homicídio de corretor de imóveis em Rio Verde. (Reprodução/TV Anhanguera)

Na manhã desta quarta-feira (14), o júri popular de Rio Verde, cidade localizada no sudoeste de Goiás, proferiu a condenação de dois dos três acusados pelo brutal assassinato do corretor de imóveis Wellington Luiz Ferreira Freitas, de 67 anos. O crime, que chocou a comunidade local, foi motivado por uma dívida de R$ 20 milhões em comissões de vendas de imóveis, valor que os acusados queriam evitar pagar ao corretor.

O crime: a trama por trás do assassinato

Wellington Luiz Ferreira Freitas, um respeitado corretor de imóveis, foi alvo de uma conspiração que resultou em seu assassinato, um crime que os promotores descreveram como “covarde e premeditado”. Segundo as investigações, o corretor foi atraído para uma emboscada planejada por Rogério Teles Borges e Rogério Oliveira Muniz, que, juntos, executaram o crime com o intuito de evitar o pagamento de uma comissão milionária que o corretor tinha direito a receber.

A trama envolveu o contato inicial sob o pretexto de resolver questões comerciais, mas rapidamente se transformou em uma emboscada mortal. No fatídico dia, Wellington foi levado para um local isolado, onde Rogério Teles Borges, apontado como o executor do crime, disparou contra o corretor, enquanto Rogério Oliveira Muniz, atuando como cúmplice, ajudou na execução e na tentativa de ocultar o crime.

Julgamento e condenação: justiça é feita

Após meses de investigação, o caso finalmente chegou ao tribunal, onde os acusados foram submetidos a julgamento pelo júri popular. O processo, que mobilizou a comunidade de Rio Verde, foi marcado por depoimentos emocionantes e evidências contundentes que expuseram a crueldade e premeditação do ato.

Rogério Teles Borges foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado, caracterizado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já Rogério Oliveira Muniz, seu comparsa, recebeu a mesma pena, uma vez que seu envolvimento direto no planejamento e execução do assassinato foi considerado crucial para o desenrolar dos eventos.

O terceiro envolvido, cujo julgamento ainda não foi concluído, deverá enfrentar a justiça em breve, com expectativas de uma condenação semelhante.

Repercussão e impacto na comunidade

A condenação dos envolvidos trouxe um sentimento de justiça para a família de Wellington e para os moradores de Rio Verde. O caso, amplamente divulgado pela mídia local, destacou a frieza e ganância dos acusados, que, para evitar uma obrigação financeira legítima, não hesitaram em tirar a vida de um homem conhecido por sua integridade e profissionalismo.

O promotor responsável pelo caso afirmou que a sentença serve como um alerta para aqueles que acreditam que o dinheiro pode justificar atos de violência extrema. “Este julgamento reafirma que a justiça prevalece, independentemente das motivações criminosas. A vida humana não tem preço, e qualquer tentativa de subverter isso será punida com o rigor da lei”, declarou.

Legado e memória de Wellington Freitas

Wellington Luiz Ferreira Freitas deixou um legado de ética e competência no mercado imobiliário de Rio Verde. Seus colegas e clientes o lembram como um profissional dedicado, que sempre buscava o melhor para seus clientes. A tragédia de sua morte ecoa como um lembrete sombrio das consequências de atos de ganância e violência.

A família de Wellington expressou alívio pela condenação, embora a dor pela perda seja irreparável. “Nada trará meu pai de volta, mas saber que os responsáveis pagarão pelo que fizeram nos dá um pouco de paz”, disse um dos filhos do corretor.

Fontes:

  • Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
  • Ministério Público de Goiás