Influenza: Por que se vacinar é essencial para prevenir complicações graves e proteger a saúde
A “gripe” é mais perigosa do que parece: especialista explica riscos, complicações e a importância da vacinação anual, especialmente para os grupos mais vulneráveis
Apesar de ser popularmente conhecida como “gripe”, a influenza é uma doença respiratória grave que pode trazer complicações sérias para a saúde, especialmente em crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas. A infecção, provocada pelos vírus influenza dos tipos A e B, causa epidemias sazonais durante o outono e o inverno, mas também pode circular em outras épocas do ano, expondo a população a um risco contínuo.
Embora muitos confundam a influenza com um simples resfriado, ela apresenta sintomas mais intensos e duradouros, como febre alta, dores pelo corpo, cansaço extremo e tosse. “A influenza pode levar a consequências muito mais graves que um resfriado comum, especialmente para grupos vulneráveis”, alerta o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, diretor médico do Carnot Laboratórios. “A infecção pode evoluir rapidamente e se transformar em uma condição perigosa, como pneumonia, que muitas vezes requer hospitalização e é uma das principais causas de morte associada ao vírus da gripe.”
Complicações perigosas e a importância da vacina
A influenza pode gerar uma série de infecções secundárias, como otite média, bronquite e sinusite. Esses problemas se desenvolvem quando o sistema imunológico, já enfraquecido pela gripe, se torna suscetível a outras bactérias e vírus. Além disso, para pacientes com doenças crônicas – como diabetes, asma e doenças cardíacas – a influenza é ainda mais arriscada, pois tende a agravar essas condições, elevando o risco de internações e até de morte.
Dr. Medina ressalta que a vacinação anual contra a influenza é a maneira mais eficaz de prevenir esses riscos. “A vacina contra a influenza é segura e protege contra as formas mais graves da doença, reduzindo significativamente o risco de hospitalização e óbito”, explica. “É especialmente recomendada para os grupos de risco, que estão mais expostos a complicações graves.”
Vacina anual: por que repetir todos os anos?
A necessidade de vacinação anual contra a influenza é resultado das constantes mutações dos vírus. Diferente de outras vacinas que oferecem proteção duradoura, a vacina contra a influenza é reformulada a cada ano para acompanhar as alterações nos vírus circulantes, garantindo que a imunização esteja alinhada com as cepas mais comuns em cada temporada. Assim, mesmo aqueles que se vacinaram no ano anterior devem receber a dose novamente.
Medidas de prevenção para complementar a proteção
Além da vacina, Dr. Medina recomenda uma série de medidas para prevenir o contágio e a disseminação da influenza. Entre elas, estão a higiene frequente das mãos, o uso de máscaras em ambientes de alta circulação e a prática de cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. “Essas práticas são fundamentais, especialmente durante os períodos em que a influenza circula com maior intensidade”, observa.
A importância da conscientização
A mudança climática favorece a circulação do vírus da gripe, e Goiás já registra 6.044 internações e 595 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) neste ano. Embora a vacina contra Influenza seja uma forte aliada, apenas 44,91% da população goiana foi imunizada, muito abaixo dos 90% recomendados pelo Ministério da Saúde. A situação é mais crítica em Goiânia (44,22%) e Aparecida de Goiânia (56,69%). A vacinação é segura e crucial para reduzir casos graves e proteger idosos e crianças, os grupos mais afetados.
Para o especialista, conscientizar a população sobre a seriedade da influenza e a necessidade da vacinação é crucial. Dr. Medina enfatiza que a gripe não é uma doença leve e que, com a vacinação em massa e medidas de higiene, é possível reduzir os surtos da doença e proteger os mais vulneráveis. “A vacinação e os cuidados de prevenção são uma responsabilidade coletiva. Cada pessoa vacinada representa uma barreira a mais contra a disseminação da influenza, o que protege não só o indivíduo, mas toda a comunidade”, conclui o médico.
A influenza, mais do que uma doença sazonal, é um desafio contínuo à saúde pública, que precisa ser tratado com seriedade e prevenção constante.
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