Homem é Preso por Tortura e Cárcere Privado de Companheira em Luziânia
Vítima foi submetida a choques elétricos e mantida sob violência extrema; Polícia Civil agiu rapidamente para resguardar sua segurança.
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Luziânia, prendeu nesta segunda-feira (6) um homem acusado de manter sua companheira em cárcere privado e torturá-la com choques elétricos. O agressor também responderá por lesão corporal grave, em um caso que chocou a comunidade do Jardim Ingá.
Denúncia e ação imediata
A investigação teve início no dia 3 de janeiro, após a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá relatar a internação de uma mulher com sinais de violência extrema. A denúncia foi encaminhada à Polícia Civil pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), que descreveu a gravidade do quadro da vítima.
Na UPA, policiais encontraram a mulher com hematomas espalhados pelo corpo, marcas de amarras nas pernas e lesões nos dedos, compatíveis com agressões sistemáticas. Em entrevista preliminar, ela revelou que era mantida em cárcere privado e submetida a choques elétricos pelo companheiro dentro de sua própria residência.
Investigações e prisão preventiva
Com base nos relatos e na gravidade das lesões constatadas, a Deam instaurou um inquérito policial e coletou elementos de prova, incluindo depoimentos e registros médicos. A autoridade policial representou pela prisão preventiva do acusado, e o pedido foi acatado pelo plantão judicial.
Na manhã de segunda-feira, equipes da Polícia Civil cumpriram o mandado de prisão, localizando o investigado e o conduzindo para a delegacia. Segundo informações preliminares, o homem teria histórico de comportamento agressivo, mas ainda será investigado por possíveis outros crimes.
Assistência à vítima e repercussão
A vítima, além de receber atendimento médico, está sendo acompanhada por uma equipe psicossocial do Ceam e da rede de proteção à mulher. O caso evidencia a importância de canais de denúncia e da rápida ação das autoridades no combate à violência doméstica.
A delegada responsável pelo caso, Paula Rodrigues, destacou:
“A violência doméstica é uma realidade que precisamos enfrentar com seriedade. Casos como este mostram a necessidade de união entre diferentes órgãos para proteger as vítimas e punir os agressores.”
Orientação à população
Casos de violência doméstica podem ser denunciados anonimamente pelo Disque 180 ou em delegacias especializadas, como as Deams. Além disso, serviços como o Ceam oferecem suporte psicológico, jurídico e social para vítimas de violência.