Homem de 26 anos é preso em Rio Verde suspeito de matar Monara Pires e queimar corpo em lote baldio
Vítima, de 31 anos, foi encontrada parcialmente carbonizada; investigações apontam histórico de agressões motivadas por ciúmes e tentativa anterior de homicídio.

A Polícia Civil de Goiás prendeu, em Rio Verde, um jovem de 26 anos apontado como autor do assassinato de Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos, cujo corpo foi localizado parcialmente carbonizado em um lote baldio no Bairro Popular. O crime, ocorrido em 7 de julho, chocou a cidade tanto pela brutalidade quanto pelo histórico de violência que antecedeu a morte.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, a vítima morreu após ser atingida na cabeça, sofrendo traumatismo craniano, e em seguida teve o corpo incendiado. Exames periciais confirmaram que Monara ainda estava viva quando as chamas começaram a se alastrar, o que reforça a gravidade e a crueldade do ato.
Histórico de violência e ciúmes
As investigações indicam que o suspeito já havia agredido Monara em diversas ocasiões, motivado por ciúmes. Testemunhas relataram que, antes do homicídio, ele teria tentado matá-la a facadas e atear fogo em uma casa que havia sido cedida a ela pelo pai.
Apesar de enfrentar problemas relacionados ao uso de drogas e de viver em situação de rua, Monara tinha uma família presente e estruturada, que buscava apoiá-la. De acordo com a Polícia Civil, o imóvel cedido pelo pai também foi alvo de incêndio provocado pelo suspeito.
Corpo encontrado em condições degradantes
O corpo de Monara foi localizado dias após o crime, nos fundos de um lote baldio, entre restos de madeira e destroços parcialmente queimados. A cena, descrita pelos investigadores, revelou não apenas o homicídio, mas também uma tentativa de ocultar vestígios.
A investigação aponta que, após agredir Monara e vê-la desacordada, o suspeito ateou fogo a um colchão onde a vítima caiu, consumindo parte do local e atingindo seu corpo.
Prisão e andamento do inquérito
Desde o dia do crime, o suspeito havia desaparecido. Foi encontrado apenas em 22 de agosto, quando a Polícia Civil deflagrou a operação que resultou em sua prisão. Ele deverá responder por homicídio qualificado, feminicídio e ocultação de cadáver.
O delegado Adelson Candeo classificou o caso como um exemplo claro de feminicídio:
“Apesar das dificuldades pessoais, Monara era amparada por familiares e mantinha vínculos sociais na cidade. A violência a que foi submetida não encontra justificativa senão no controle e nos ciúmes do autor, já reincidente em agressões.”
Violência contra mulheres em Goiás
O assassinato de Monara se insere em um cenário preocupante: os índices de violência contra mulheres em Goiás vêm crescendo, com destaque para casos de feminicídio registrados em cidades do interior. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só no primeiro semestre deste ano, o estado contabilizou dezenas de ocorrências de assassinatos motivados por gênero.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres reforçam que casos como o de Monara evidenciam a necessidade de ampliar políticas de proteção, apoio psicológico e acompanhamento social, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade.
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