Há menos de meio ano, a Defesa Civil de Aparecida reportou uma denúncia acerca da fragilidade da estrutura dos pontos de ônibus.
Há menos de seis meses, a antiga gestão da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, denunciou as más condições dos pontos de ônibus e recomendou que os órgãos ligados ao transporte coletivo intensificassem o monitoramento e a fiscalização. Após estudos e vistorias, o documento feito em 15 de setembro de 2022 apontou diversos problemas, desde a precariedade da estrutura de concreto armado até a falta de cobertura, iluminação e capim alto próximo às paradas. Os abrigos de concreto armado, em especial, foram identificados como tendo um peso próprio elevado e com cobrimento desgastado, o que faz com que as armaduras fiquem expostas, perdendo resistência ao longo do tempo. A Defesa Civil pediu que a manutenção dos abrigos fosse feita de forma periódica, mas essa não é uma prática comum no município, especialmente nas regiões periféricas. A falta de atenção para essas denúncias levou à morte de Welington Oliveira, de 27 anos, que foi esmagado pelo desabamento de um ponto de ônibus precário.
O relatório da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia aponta para diversos problemas nos pontos de ônibus da cidade, incluindo a precariedade em dias chuvosos, a poluição visual causada por propagandas antigas, o capim alto e as fissuras no chão. O documento pede que diversos órgãos intensifiquem o monitoramento e fiscalização dos pontos de paradas de ônibus. O ex-superintendente da Defesa Civil afirma que a morte de Welington Oliveira era uma “tragédia anunciada, alertada e evidenciada” e que a gestão pública falhou ao não resolver o problema. A Prefeitura de Aparecida de Goiânia se solidarizou com a família da vítima e disse que a Defesa Civil vai inspecionar os pontos de ônibus da cidade para garantir a segurança da população. O sistema de transporte coletivo é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), e a prefeitura não instalou esse tipo de abrigo de concreto.
Segundo a CMTC, como responsável pela gestão, é de sua competência planejar a localização dos pontos de ônibus e coordenar a instalação dos abrigos, em conformidade com a Política Nacional de Mobilidade Urbana. A Companhia também relatou que está realizando uma análise minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana, com o objetivo de cobrar e auxiliar as prefeituras a resolver os problemas estruturais desses equipamentos.