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11 de julho de 2025
JustiçaNotíciasSaúdeÚltimas

Greve dos Motoristas em Goiânia é Encerrada com Acordo Coeso e Mediação Eficiente da Justiça do Trabalho

Reajuste salarial de 6,5% e aumento no auxílio-alimentação marcam vitória do diálogo entre trabalhadores, empresas e instituições públicas. Secretaria de Saúde garantiu pleno funcionamento da assistência à população durante o período de risco de paralisação.
Foto: Divulgação CMTC

Após semanas de tensões e uma iminente paralisação total do transporte coletivo em Goiânia, o impasse entre motoristas e empresários foi resolvido de forma pacífica e estruturada. Em audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira (30), mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) e com participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), representantes sindicais firmaram um acordo que encerrou oficialmente o movimento grevista.

A proposta aceita estabelece reajuste salarial de 6,5% e aumento de 7% no auxílio-alimentação, ambos com vigência a partir de julho, com pagamento retroativo previsto já na folha de agosto. O acordo, selado após seis horas de diálogo, foi aprovado por ampla maioria da categoria, em assembleia permanente convocada pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo).

“Foi uma negociação longa e cautelosa. Desde dezembro buscamos uma solução que respeitasse o trabalhador, sem comprometer a população. Felizmente, com apoio do TRT e do MPT, conseguimos avançar em um ponto de equilíbrio”, afirmou Carlos Alberto Luiz dos Santos, presidente do Sindicoletivo.


O papel das instituições

O sucesso da mediação judicial reflete o amadurecimento das relações trabalhistas na capital goiana, bem como o comprometimento das instituições públicas com o bem-estar coletivo. Especial atenção deve ser dada à atuação da Secretaria Municipal de Saúde, que, mesmo diante da perspectiva de paralisação total do sistema de transporte, mantinha um plano emergencial de contingência para garantir o acesso da população a serviços de urgência e emergência, especialmente nos hospitais públicos e unidades básicas de saúde.

Segundo apurado, ambulâncias do Samu e veículos da própria Secretaria estavam de prontidão para suprir deslocamentos de profissionais e pacientes, caso fosse deflagrada a greve. A ação preventiva, coordenada pelo secretário municipal de Saúde, demonstrou responsabilidade e preparo diante de possíveis cenários críticos.


Negociação: concessões e avanços

O Sindicoletivo iniciou as negociações reivindicando reajuste de 20% nos salários e 25% no auxílio-alimentação. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET), por sua vez, ofertava inicialmente 4,86%, referente à inflação acumulada, com 0,5% de ganho real. A proposta foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia no Terminal Padre Pelágio, no último dia 22.

Durante a audiência de conciliação, mediada pelo juiz auxiliar Rodrigo Dias e pelo procurador Marcelo Ribeiro, ambas as partes cederam. O Sindicoletivo ajustou sua demanda para 10%, enquanto o SET elevou a proposta a 6% com 1,14% de ganho real. O desfecho foi uma solução de equilíbrio proposta pelo MPT: 6,5% de reajuste salarial e 7% no auxílio-alimentação, proposta então ratificada em assembleia.

“Avançamos dentro da realidade possível. Concluímos com dignidade, sem colapsar o sistema nem prejudicar a sociedade”, ponderou Carlos Alberto.


Empresas destacam limites e investimentos

Durante o debate, representantes do SET alegaram dificuldades financeiras, principalmente devido aos altos custos com renovação da frota, aquisição de ônibus com tecnologia limpa e modernização de terminais. Apesar disso, as empresas reconheceram que os subsídios públicos recebidos nos últimos anos possibilitaram certa margem para negociação.

O presidente do Sindicoletivo rebateu, destacando que os subsídios públicos ao transporte coletivo são uma política de interesse social e devem refletir também na valorização dos trabalhadores, responsáveis pela operacionalização do serviço essencial.


Um acordo que preserva o interesse público

Com o entendimento firmado, Goiânia escapa de uma greve que poderia ter paralisado por completo o deslocamento de milhares de usuários do transporte público, comprometendo o funcionamento de escolas, hospitais, unidades administrativas e atividades comerciais.

A atuação articulada entre Justiça, sindicatos e empresas mostrou-se eficiente para resolver um impasse complexo sem prejuízos à coletividade. A Secretaria de Saúde, por sua vez, demonstrou maturidade institucional e capacidade técnica ao planejar medidas preventivas, assegurando a continuidade da assistência à saúde da população mesmo sob a ameaça de greve.

O episódio reafirma a importância da negociação coletiva, da mediação institucional e da preservação do interesse público nos serviços essenciais.

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