16 de setembro de 2024
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Governadores do Consórcio Brasil Central Debatem a Reforma Tributária: Divergências e Convergências

Embora mantenham perspectivas diversas, houve um consenso quanto à importância de aprofundar a análise dos elementos da proposta atualmente em andamento no Senado.

Governador Ronaldo Caiado na coletiva: discussão tributária não pode ser de afogadilho. Foto: (Fábio Lima)

Em um fórum realizado nesta sexta-feira (29) na cidade de Rio Quente, em Goiás, os governadores do Consórcio Brasil Central (BrC) expressaram suas opiniões divergentes sobre a reforma tributária que está atualmente em tramitação no Congresso Nacional. No entanto, houve um consenso geral sobre a necessidade de um debate mais amplo e profundo sobre os pontos cruciais da proposta que se encontra no Senado.

Na hospedagem do evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se posicionou firmemente contra o conceito da reforma tributária, uma perspectiva que diverge daqueles seus colegas do Centro-Oeste, Maranhão e Tocantins. No entanto, durante o fórum, todos os governadores concordaram que é imperativo examinar minuciosamente os impactos e as compensações que a reforma traz.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, membro do MDB, destacou que, apesar das projeções apontadas para um aumento da arrecadação no DF, ele não é favorável a uma reforma que prejudica outros estados. Ronaldo Caiado, ao lado de Ibaneis Rocha, expressou seus agradecimentos a essa posição.

O presidente do Consórcio Brasil Central, Mauro Mendes, governador do Mato Grosso, manifestou sua opinião de que uma reforma será aprovada, mas enfatizou a importância de discutir minuciosamente seus termos. “Eu acredito que uma reforma será aprovada, então estou trabalhando na perspectiva de tentar minimizar os impactos sobre o Mato Grosso, o Centro-Oeste e o setor agropecuário brasileiro”, declarou.

Já o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, dos Republicanos, ressaltou a necessidade de simplificar o sistema tributário, mas enfatizou que é essencial avaliar as perdas que os estados poderão sofrer. Ele afirmou: “A preocupação com a reforma não pode ser apenas do governo de Goiás. A discussão não deve ser apressada.”

Um dos pontos de discussão no fórum foi o marco temporal, que foi defendido pelos governadores presentes. Ronaldo Caiado argumentou que “sem um corte temporal, voltaríamos a Pedro Álvares Cabral, e isso prejudicaria a segurança jurídica”.

Apesar da expectativa de elaboração de uma “Carta de Goiás” ao final do evento, não houve anúncio público sobre a criação do documento. O debate sobre a reforma tributária continuará, com governadores de diferentes estados buscando um consenso que atenda aos interesses de suas regiões e do país como um todo.

Governadores do Consórcio no Fórum em Rio Quente: integração de estados na Segurança será reforçada (Fábio Lima / O Popular)