Golpe digital avança pelo WhatsApp e acende alerta da Polícia Federal em Goiás
Vírus disfarçado em arquivos ZIP com nomes falsos como “Comprovante de Pagamento” e “Nota Fiscal” espalha-se rapidamente entre usuários, comprometendo dados pessoais e redes de contatos inteiras.

Um novo golpe cibernético vem preocupando autoridades e especialistas em segurança digital em Goiás e em outras regiões do país. A Polícia Federal (PF) emitiu um alerta oficial nesta quinta-feira (23) sobre a disseminação de um vírus que se propaga via WhatsApp, mascarado em arquivos aparentemente inofensivos.
De acordo com a corporação, o malware é distribuído em formato ZIP, com nomes como “Comprovante de Pagamento”, “Currículo Atualizado” e “Nota Fiscal”, entre outros. Ao abrir o arquivo, o usuário acaba instalando um programa malicioso que se replica automaticamente e envia cópias do vírus para todos os contatos da vítima. O resultado é uma cadeia de infecção em larga escala, que atinge desde usuários domésticos até empresas e órgãos públicos.
Segundo especialistas ouvidos pela PF, a engenharia social empregada no golpe é sofisticada. A tática explora a confiança entre contatos e o senso de urgência das mensagens recebidas. Em muitos casos, o vírus chega por meio de amigos, colegas de trabalho ou grupos legítimos, o que aumenta consideravelmente a taxa de abertura dos arquivos contaminados.
A delegada da Divisão de Crimes Cibernéticos da PF em Goiás, que preferiu não ser identificada por questões de segurança, enfatiza que a conscientização digital é o principal escudo contra o golpe.
“Um único clique pode comprometer não apenas os dados pessoais da vítima, mas também toda a sua rede de contatos e sistemas conectados. É essencial adotar uma postura preventiva”, afirmou.
A PF informou ainda que está monitorando a origem do malware, que aparenta ter características de automação e rastreamento remoto, permitindo aos criminosos roubar senhas, dados bancários e informações pessoais. O órgão trabalha em colaboração com empresas de tecnologia e provedores de internet para rastrear servidores e conter o avanço da ameaça.
Como se proteger:
- Evite abrir arquivos ZIP ou links recebidos por WhatsApp ou e-mail, mesmo que venham de pessoas conhecidas;
- Desative o download automático de mídias e documentos no aplicativo;
- Utilize antivírus atualizado com proteção em tempo real;
- Desconfie de mensagens com erros de digitação, tom urgente ou que solicitem ações imediatas.
A PF reforça que o cibercrime evolui rapidamente e que a educação digital da população é uma das ferramentas mais eficazes para evitar prejuízos. Usuários que receberam ou abriram arquivos suspeitos devem interromper o uso do aplicativo, fazer uma varredura completa no sistema e comunicar o incidente às autoridades.
O caso reforça o alerta sobre o crescimento de golpes digitais no Brasil, impulsionado pelo aumento das comunicações via aplicativos e pela falta de verificação de autenticidade nas trocas cotidianas de mensagens.
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