Goiás enfrenta desafios no descarte de resíduos da construção civil: 86% são descartados irregularmente
Dados alarmantes revelam a urgência de medidas para regulamentar e melhorar a destinação desses materiais no estado.
Um levantamento recente realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) revelou que a grande maioria dos resíduos da construção civil em Goiás, cerca de 86%, estão sendo descartados de forma irregular. Essa preocupante constatação evidencia a necessidade urgente de regulamentação e implementação de medidas eficazes para lidar com essa questão.
Regulamentação em Pauta: Diante desse cenário alarmante, a Semad propôs uma minuta de decreto para regulamentar o descarte adequado dos resíduos da construção civil. Uma reunião pública virtual será realizada nesta quinta-feira (22/02) para discutir o assunto. A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, destaca a importância do apoio de todos para avançar nessa pauta essencial para a preservação ambiental.
Dados Reveladores: Os dados levantados pelo Plano Estadual de Resíduos Sólidos (Pers) são preocupantes. Mais da metade dos resíduos da construção civil vão parar em lixões, que devem ser encerrados até agosto de 2024, e em áreas impróprias, conhecidas como “bota-foras”. Apenas uma pequena parcela é destinada adequadamente para a manutenção de estradas ou em locais específicos para resíduos inertes.
Destinação Ambientalmente Adequada: A minuta proposta pela Semad estabelece diretrizes claras para a destinação dos resíduos da construção civil, priorizando a utilização de ecopontos, aterros de inertes ou usinas de reciclagem de RCC. O objetivo é promover a triagem, reutilização, reciclagem ou outra destinação ambientalmente adequada desses materiais, conforme normas técnicas específicas.
Outras Informações Reveladoras: Além disso, o monitoramento da Semad revela que a maioria dos municípios goianos não possui um plano municipal de gerenciamento integrado de resíduos da construção civil. A coleta desses materiais, em muitos casos, fica a cargo das prefeituras, mas ainda há desafios em relação à cobrança diferenciada para esse serviço e à falta de reaproveitamento ou reciclagem dos RCC.
Conclusão: Diante dos desafios identificados no descarte de resíduos da construção civil em Goiás, a regulamentação proposta pela Semad surge como uma medida fundamental para combater a irregularidade e promover uma destinação ambientalmente adequada desses materiais. É essencial que a sociedade civil e as autoridades locais se engajem nesse processo, visando garantir um futuro mais sustentável para o estado.