Goiás eleva repasse do Auxílio Nutricional e reforça rede de apoio a entidades filantrópicas
Com decreto publicado em 13 de outubro, governo amplia valor para R$ 2,50 por pessoa atendida; iniciativa visa sustentar alimentação de 40 mil beneficiários e ampliar transparência no uso dos recursos

O governador Ronaldo Caiado e a coordenadora do programa Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, anunciaram nesta segunda-feira (13) o reajuste do valor repassado pelo Auxílio Nutricional a entidades filantrópicas que integram a rede de atendimento social do Estado. A partir de outubro, as 446 instituições cadastradas passarão a receber R$ 2,50 por pessoa atendida mensalmente, ante o valor anterior de R$ 2, conforme decreto publicado no suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE).
A medida, segundo o governo estadual, busca reforçar a complementação alimentar fornecida por creches, abrigos, instituições de acolhimento e entidades que assistem grupos vulneráveis — dentre os quais crianças, idosos, portadores de doenças crônicas, pacientes em recuperação e pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Ampliação simbólica, alcance real
Apesar de aparentemente modesto, o aumento representa 25% de valorização imediata sobre o valor anterior. Para o governo, ele é estratégico para preservar a qualidade nutricional dos serviços mantidos pelas entidades parceiras e suprir custos crescentes com alimentos, embalagens e logística.
O Auxílio Nutricional atende cerca de 40 mil pessoas mensalmente, distribuídas por instituições que operam com diferentes públicos em vulnerabilidade social.
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), responsável por operacionalizar o programa, destaca que realiza acompanhamento e fiscalização do uso dos recursos. Segundo a própria nota oficial, desde 2019 já foram investidos mais de R$ 87 milhões no Auxílio Nutricional (incluindo os programas sociais correlatos) e, em 2025 até setembro, foram empenhados R$ 15,1 milhões somente nesse benefício.
Reações e desafios
Para o titular da Seds, Wellington Matos, o reajuste reforça o perfil do Estado como referência nacional em políticas sociais, especialmente diante dos desafios de abastecimento e inflação de alimentos. Ele salienta que muitas entidades não teriam condições de manter o padrão de atendimento sem esse apoio público.
No discurso público, Caiado enfatizou que “esse é o nosso jeito de governar: cuidando das pessoas e garantindo que os recursos públicos cheguem a quem mais precisa”, enquanto Gracinha promoveu a iniciativa como passo essencial para assegurar alimentação digna e de qualidade às populações assistidas.
Ainda assim, críticas persistem entre operadores sociais e gestores do terceiro setor quanto ao volume real do repasse, considerando os custos logísticos que variam conforme região e perfil do atendimento. Há dúvidas também sobre a capacidade de fiscalização efetiva da aplicação dos recursos em todas as entidades beneficiadas, sobretudo nas mais periféricas.
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