Goiás Avança na Regionalização do Saneamento com Seminário Inédito Integrando Planejamento, Técnica e Participação Social
Evento da Seinfra reúne lideranças e especialistas para discutir planos microrregionais de água e esgoto; iniciativa visa fortalecer políticas públicas com base técnica e escuta ativa

Em uma iniciativa estratégica voltada à construção de políticas públicas duradouras e participativas, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), realiza nesta quarta-feira (10/04), às 10h, o 1º Seminário das Microrregiões de Saneamento Básico (MSB). O evento será transmitido ao vivo pelo canal da Seinfra no YouTube, reforçando o compromisso com a transparência e a inclusão digital no processo decisório.
A ação tem como foco os Planos Microrregionais de Abastecimento de Água (PMAAs) e os Planos de Esgotamento Sanitário, com ênfase nas regiões Centro, Oeste e Leste de Goiás. O desenvolvimento técnico é conduzido em parceria com a Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), da Universidade de São Paulo (USP), reconhecida pela excelência em planejamento público.
Planejamento Regional com Foco no Longo Prazo
Com a regionalização do saneamento básico prevista pelo novo marco legal do setor (Lei nº 14.026/2020), o Estado de Goiás se antecipa ao promover um modelo de governança compartilhada, integrando prefeitos, técnicos, conselheiros e representantes da sociedade civil.
“O seminário é um marco fundamental para essa nova etapa. Estamos construindo uma política pública sólida, com participação e responsabilidade. É uma oportunidade para ouvirmos as regiões e garantirmos que as ações estejam alinhadas às reais necessidades locais”, afirmou o secretário de Estado da Infraestrutura, Adib Elias, em entrevista à imprensa.
A programação inclui apresentações técnicas da Fundace, além da presença do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que atua como parceiro institucional em diversos projetos de regionalização e universalização dos serviços de saneamento no país.
Participação Interativa e Escuta Ativa
O evento também contará com a participação de autoridades como o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, e a secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis. Juntos, eles debaterão os desafios da universalização do acesso à água potável e à coleta e tratamento de esgoto, com base nos diagnósticos regionais já elaborados.
Para garantir uma participação ativa e descentralizada, a Seinfra criou um WhatsApp exclusivo para receber dúvidas, sugestões e comentários em tempo real: (62) 9 8246-4893. A ferramenta também será usada ao longo do ano para integrar os grupos de governança das MSBs, fortalecendo a comunicação com os municípios e os atores locais.
Saneamento como vetor de saúde e desenvolvimento
A agenda do saneamento básico em Goiás tem avançado com foco na qualidade técnica, planejamento de longo prazo e justiça territorial. A construção dos PMAAs e dos Planos de Esgotamento Sanitário se baseia em dados atualizados, critérios de viabilidade econômica e projeções demográficas, permitindo traçar rotas seguras para o cumprimento da meta de universalização até 2033, conforme prevê o marco regulatório.
Segundo o secretário Adib Elias, “os esforços do Governo de Goiás são para fortalecer a gestão participativa e construir, juntos, políticas públicas efetivas, com impacto real na vida das pessoas, principalmente nas regiões que historicamente sofrem com a ausência de infraestrutura”.
Um modelo para o Brasil?
Com a realização do 1º Seminário das MSBs, Goiás se posiciona como referência nacional na aplicação do modelo microrregional previsto no novo marco do saneamento, sendo um dos primeiros estados a apresentar planos estruturados com base em pactuação federativa, cooperação intermunicipal e técnica de alto nível.
Ao promover reuniões periódicas, alinhamento técnico e escuta estruturada, o estado busca consolidar uma política de saneamento que dialoga com as realidades locais, mas também respeita os padrões de governança exigidos por instituições de financiamento e regulação.