5 de dezembro de 2025
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Goiânia instala Banco Vermelho e reforça combate ao feminicídio com símbolo permanente na Praça Cívica

Estrutura inaugural marca o início dos 21 Dias de Ativismo e integra política nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, agora respaldada por lei federal.
Açãp marca início da campanha de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher (Foto: Júnior Guimarães)

Goiânia recebeu nesta quinta-feira (4/12) o seu primeiro Banco Vermelho, instalado na Praça Cívica, como parte da campanha internacional dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. A iniciativa, conduzida pelo Goiás Social e inaugurada pela primeira-dama e coordenadora do programa, Gracinha Caiado, insere a capital goiana no movimento global que utiliza o banco vermelho como marco de conscientização, memória e enfrentamento ao feminicídio.

A estrutura, instalada em espaço público de grande circulação, carrega o lema “sentar e refletir, levantar e agir”, sintetizando a missão central do projeto: promover reflexão social, estimular denúncias e fortalecer políticas de proteção e autonomia feminina.

“Este banco representa um compromisso coletivo. É um alerta visível, diário, para que homens e mulheres se conscientizem do impacto devastador do feminicídio. Precisamos incentivar que mais mulheres procurem ajuda e rompam o silêncio”, afirmou Gracinha Caiado durante a inauguração.


Um instrumento nacionalizado por lei e adotado por diversos estados

O Banco Vermelho tornou-se política pública formal em 2024, com a sanção da Lei nº 14.942/2024, que obriga a instalação do equipamento em locais públicos estratégicos de todo o país. Atualmente, 13 estados brasileiros já possuem bancos gigantes, além da instalação permanente localizada no Senado Federal.

Em Goiás, o projeto é viabilizado por meio de parceria entre o Goiás Social e o Instituto Banco Vermelho, fundado pelas pernambucanas Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que transformaram experiências de perdas para o feminicídio em ação organizada de prevenção e mobilização. O instituto utiliza o banco como símbolo central da campanha “feminicídio zero”, apoiado em intervenções urbanas e ações educativas.

Ao lado da estrutura, uma placa fixa orienta o público sobre tipos de violência, mecanismos de proteção, programas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e canais oficiais de denúncia — entre eles Disque 180, Polícia Militar (190) e plataformas de atendimento especializado.


Políticas sociais e segurança pública: Goiás amplia ações para proteção feminina

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, destacou que o enfrentamento à violência contra a mulher envolve mais do que medidas de repressão:

“Desde 2019, buscamos fortalecer não só a responsabilização dos agressores, mas também a autonomia financeira das mulheres. A independência econômica é uma das principais portas de saída para quem vive ciclos prolongados de violência”, afirmou.

A superintendente da Mulher da Seds, Evelin Rodrigues, destacou que o movimento do Banco Vermelho nasceu em Barcelona e ganhou força no Brasil a partir da atuação de coletivos femininos que viram no símbolo uma forma direta de comunicar a gravidade do feminicídio.

“Hoje, o banco se espalha por vários estados e chega a Goiás como ferramenta de mobilização e memória. É uma iniciativa emblemática e necessária”, disse.


Segurança integrada e incentivo à denúncia

A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes, ressaltou que a rede de proteção estadual tem ampliado recursos e operações conjuntas com outras forças de segurança, incluindo Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana.

Segundo ela, apesar dos avanços, o enfrentamento permanece urgente:
“O principal recado é incentivar a denúncia. A mulher precisa conhecer e acessar as medidas protetivas de urgência. Goiás tem fortalecido políticas integradas, e isso tem refletido em mais acolhimento e maior eficácia na contenção da violência”, afirmou.


Um símbolo para permanecer e provocar ação

A instalação do Banco Vermelho em Goiânia representa não apenas um marco visual, mas um chamado permanente à responsabilidade social, política e institucional na luta contra o feminicídio — crime que continua entre os mais graves e recorrentes no país. O equipamento, agora protegido por lei federal, soma-se a programas de prevenção, campanhas educativas e redes de proteção já existentes, reforçando a necessidade de vigilância constante e ação coletiva.

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Marcus

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