GCM apreende mais de 300 carretéis com linhas cortantes na 17ª edição da Campanha Pipa Sem Cerol em Goiânia
Com foco na preservação da vida e na educação de crianças e adolescentes, ação da Guarda Civil Metropolitana se intensifica nos bairros da capital e reforça compromisso com a prevenção de acidentes fatais.

A 17ª edição da Campanha Pipa Sem Cerol, realizada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, já apreendeu 310 carretéis com linhas cortantes, que, somados, representam mais de 150 quilômetros de material perigoso. A operação, que teve início em 2 de junho, segue até o fim de agosto e busca promover a conscientização e a fiscalização em toda a cidade, especialmente durante o período de férias escolares, quando o uso de pipas se intensifica entre crianças e adolescentes.
As regiões Oeste e Noroeste da capital lideram em número de apreensões, com 120 e 100 carretéis recolhidos, respectivamente. Nas demais regiões — Centro, Sul, Sudeste, Sudoeste e Norte — foram apreendidos outros 90 carretéis.
O uso de cerol — mistura ilegal e perigosa de cola com vidro moído ou limalha metálica — é proibido por lei em Goiânia e em diversas cidades brasileiras. Seu uso transforma linhas de pipas em instrumentos cortantes que ameaçam diretamente a vida de motociclistas, ciclistas, pedestres e até aves, além de causar prejuízos à rede elétrica e bens públicos.
Segundo o comandante da GCM, Gustavo Toledo, empinar pipa é uma brincadeira tradicional e saudável, mas o uso de cerol a transforma em uma prática de alto risco. “A campanha não é contra a brincadeira, é a favor da vida. Nosso objetivo é orientar e evitar tragédias que, infelizmente, ainda ocorrem por imprudência ou desconhecimento”, afirma.
Educação como estratégia de prevenção
A campanha é realizada com o apoio de uma ampla rede de parceiros, incluindo Equatorial Energia Goiás, Detran-GO, Corpo de Bombeiros, ONG Guardiões do Verde, Movimento Lixo Zero, Associação dos Servidores da Guarda Civil, além de motoclubes e projetos da própria corporação, como o Guarda Mirim, Anjos da Guarda, Cão Amigo (GOC K9) e o Escola Mais Segura. Esses grupos atuam de forma integrada, levando ações educativas a escolas, praças e bairros, promovendo o uso de pipas de forma segura, sem linhas cortantes.
Um dos destaques são os festivais de pipas organizados nos mutirões da prefeitura e em comunidades, incentivando as crianças a se divertirem com segurança e criatividade, utilizando linhas de algodão ou biodegradáveis.
Redução consistente de mortes
A campanha Pipa Sem Cerol tem apresentado resultados concretos ao longo dos anos. Em 2009, a capital não registrou nenhuma morte causada por linhas cortantes. Em 2010, houve quatro óbitos. Desde então, os números têm oscilado, mas revelam tendência de queda. Entre 2016 e 2020, não foram registradas mortes, e de 2022 até agora, em 2025, a campanha mantém um índice zero de fatalidades. Em 2021, houve um único registro de morte.
Os dados mostram o impacto direto da combinação entre educação, fiscalização e mobilização comunitária. Em especial, o número de acidentes graves com motociclistas caiu expressivamente, segundo a GCM.
Denúncias e participação cidadã
Para reforçar a fiscalização, a GCM disponibiliza o telefone 153, por meio do qual a população pode denunciar o uso de cerol, linhas chilenas e outros materiais cortantes. As equipes atuam em tempo real para evitar riscos nas vias públicas e espaços de lazer.
A Campanha Pipa Sem Cerol é mais do que uma operação de apreensão: é um movimento de educação, prevenção e cidadania. O objetivo é claro — preservar vidas, garantindo que o brincar continue sendo sinônimo de alegria, e não de tragédia.
Com ações firmes e bem estruturadas, Goiânia dá exemplo de como o poder público pode agir com responsabilidade e sensibilidade, protegendo crianças, motociclistas e o patrimônio coletivo.
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