Fisiculturista é preso por suspeita de espancar a companheira em Aparecida de Goiânia
Mulher foi levada inconsciente ao hospital e está em estado gravíssimo; suspeito alegou acidente doméstico, mas equipe médica acionou a polícia

Um fisiculturista de 31 anos foi preso nesta sexta-feira (18) sob suspeita de agredir violentamente sua companheira, deixando-a em estado gravíssimo. O incidente ocorreu no dia 10 de maio em Aparecida de Goiânia e levantou suspeitas após a versão do suspeito ser contestada pela equipe médica que atendeu a vítima.
De acordo com a delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, o suspeito levou a mulher, inconsciente, ao hospital, alegando que ela havia escorregado enquanto limpava a casa. No entanto, a gravidade dos ferimentos da vítima fez com que os profissionais de saúde desconfiassem da versão apresentada.
“A equipe médica constatou que os ferimentos eram incompatíveis com a queda relatada pelo suspeito. Diante disso, acionaram imediatamente a polícia para investigar o caso”, explicou a delegada. A mulher foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e permanece em estado gravíssimo.
Durante a investigação, foram coletadas evidências que indicaram um possível histórico de violência doméstica. Testemunhas relataram que a vítima já havia apresentado sinais de agressão em outras ocasiões, mas nunca registrou ocorrência por medo de represálias.
O suspeito foi detido e levado à delegacia, onde permanece à disposição da Justiça. Ele poderá responder por tentativa de feminicídio e lesão corporal gravíssima. “Estamos trabalhando para reunir todas as provas necessárias e garantir que o agressor seja devidamente responsabilizado por seus atos”, afirmou Bruna Coelho.
A delegada também destacou a importância de denunciar casos de violência doméstica e procurou encorajar outras vítimas a buscarem ajuda. “A violência doméstica é um problema sério e muitas vezes subnotificado. É fundamental que as vítimas e pessoas próximas denunciem esses crimes para que possamos agir e evitar tragédias”, concluiu.
O caso tem gerado comoção na comunidade local e levantou debates sobre a necessidade de políticas mais efetivas de proteção às vítimas de violência doméstica. A Prefeitura de Aparecida de Goiânia e organizações de defesa dos direitos das mulheres estão acompanhando o caso de perto e reforçando campanhas de conscientização sobre o tema.