Feminicídio em Alexânia: mulher é assassinada a tiros e facadas na frente do filho
Crime chocante no Entorno do Distrito Federal expõe drama de relacionamento abusivo; suspeito tentou tirar a própria vida após o ato.
Na tarde de quinta-feira (28), Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, foi palco de mais um caso de feminicídio, trazendo à tona a gravidade da violência contra mulheres no Brasil. Eliane da Silva Galvão foi brutalmente assassinada pelo namorado, que a atacou a tiros e facadas, na presença do filho dela.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos que relataram disparos de arma de fogo vindos da residência do casal. Quando chegaram ao local, os policiais encontraram Eliane ao lado do filho, gravemente ferida e aguardando socorro. Ela foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O crime e a tentativa de suicídio do agressor
Segundo informações da PM, o suspeito foi encontrado no quarto da casa com um tiro no peito, indicando uma tentativa de suicídio após o crime. Ele foi socorrido e levado ao hospital, onde permanece sob custódia policial.
O filho de Eliane, que presenciou o ataque, contou que estava chegando em casa quando ouviu os tiros. Ao entrar, encontrou o padrasto atacando sua mãe com um facão. Desesperado, tentou intervir, resultando em um corte no dedo durante a luta corporal.
Após o confronto, o suspeito disparou contra si mesmo na tentativa de tirar a própria vida.
Histórico de violência e relação conturbada
O jovem relatou que o padrasto já havia sido preso anteriormente e mantinha um relacionamento instável com sua mãe, marcado por frequentes brigas. Apesar de morarem juntos, o casal não era formalmente casado.
Essa tragédia reflete a realidade de muitas mulheres brasileiras que enfrentam relacionamentos abusivos. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas no Brasil, um índice alarmante que exige medidas mais eficazes de prevenção e proteção.
A violência que poderia ter sido evitada
Especialistas alertam que muitos casos de feminicídio são precedidos por sinais claros de abuso, como histórico de agressões físicas, controle excessivo e ameaças. Infelizmente, muitas vítimas não conseguem acessar ajuda a tempo, seja por medo, dependência emocional ou falta de apoio adequado.
Em casos como o de Eliane, a violência doméstica já era um elemento presente, e a escalada para o feminicídio foi uma tragédia anunciada.
Investigações e próximas etapas
A Polícia Civil de Alexânia investiga o caso como feminicídio. O suspeito, após receber alta hospitalar, deverá ser ouvido e responder pelo crime.
O caso reforça a urgência de políticas públicas mais eficazes para proteger mulheres em situações de risco. Campanhas de conscientização, atendimento especializado e redes de apoio são essenciais para romper o ciclo de violência antes que ele atinja níveis fatais.
Como buscar ajuda
Se você ou alguém que você conhece está em uma situação de violência doméstica, procure ajuda. Ligue para o 180, que é a Central de Atendimento à Mulher, ou busque apoio em delegacias especializadas. Em situações de emergência, acione a polícia pelo 190.
A morte de Eliane da Silva Galvão é um lembrete doloroso da importância de combater a violência de gênero em todas as suas formas.
