18 de outubro de 2024
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Ex-Funcionários de Clínica Clandestina São Presos Sob Suspeita de Tortura, Estupro e Confinamento em ‘Cela do Castigo’

Polícia Civil de Goiás desmantela esquema de abusos em clínica de reabilitação ilegal; dois suspeitos ainda estão foragidos.
Mateus Candido Nunes (camisa verde); Rafael Garcia Gouveia (camisa roxa); Lucas Maquiera (camisa vermelha) e Andre Luiz Alves Abbiati (camisa preta (Divulgação/Polícia Civil)

Quatro ex-funcionários de uma clínica de reabilitação clandestina para dependentes químicos foram presos na manhã desta quarta-feira (17), sob a acusação de tortura, estupro e confinamento ilegal de internos em uma “cela do castigo”. A operação, conduzida pela Polícia Civil de Goiás, ocorreu em Pontalina, no sul do estado, e revelou práticas atrozes contra os pacientes da instituição.

Detalhes da Operação

Os suspeitos detidos foram identificados como Mateus Candido Nunes de Azevedo (camisa verde), Rafael Garcia Gouveia (camisa roxa), Lucas Maquiera Paes Ladim (camisa vermelha) e Andre Luiz Alves Abbiati (camisa preta). Segundo a Polícia Civil, outros dois suspeitos, cujas identidades ainda não foram divulgadas, permanecem foragidos.

Abusos e Torturas

De acordo com o delegado responsável pela operação, Dr. João de Deus, a investigação começou após denúncias anônimas de familiares dos internos. As vítimas relataram que eram submetidas a torturas físicas e psicológicas, estupros e eram frequentemente colocadas em uma “cela do castigo” – um pequeno espaço sem ventilação e luz natural, usado como punição.

“Os relatos das vítimas são chocantes. Além das agressões e abusos sexuais, os internos eram mantidos em condições desumanas, sem alimentação adequada e higiene básica,” afirmou o delegado. “Estamos trabalhando para capturar os foragidos e garantir que todos os responsáveis sejam levados à justiça.”

Estrutura Clandestina

A clínica clandestina operava sem qualquer tipo de licença ou fiscalização, utilizando métodos brutais sob o pretexto de tratamento para dependência química. A Polícia Civil descobriu que a instituição atraía pacientes de várias regiões do estado, oferecendo falsas promessas de recuperação e bem-estar.

Resgate e Assistência

Durante a operação, a Polícia Civil resgatou 15 internos, que foram encaminhados para centros de assistência social e de saúde para receberem os devidos cuidados médicos e psicológicos. A Secretaria de Saúde do Estado de Goiás disponibilizou uma equipe especializada para acompanhar o processo de reabilitação das vítimas.

Repercussão e Medidas

O caso gerou grande comoção em Pontalina e em todo o estado de Goiás. O prefeito de Pontalina, José Alves, declarou apoio total às investigações e às vítimas, prometendo medidas rigorosas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.

“A população está indignada. Não vamos permitir que práticas tão desumanas continuem a acontecer em nossa cidade. A fiscalização será intensificada e qualquer denúncia será prontamente investigada,” afirmou o prefeito.

Continuação das Investigações

As autoridades continuam a busca pelos dois suspeitos foragidos. A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro desses indivíduos seja comunicada imediatamente pelo telefone 197.


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