Dengue: Mortes confirmadas em 2024 já ultrapassam total do ano passado
Secretaria de Saúde de Goiás alerta para aumento alarmante de casos e baixa cobertura vacinal.
O número de mortes confirmadas por dengue em 2024 em Goiás já superou o total registrado em todo o ano anterior. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), até esta quinta-feira (21/03), foram contabilizadas 63 mortes pela doença, enquanto em todo o ano de 2023 foram registrados 54 óbitos.
De acordo com o Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, mais da metade das mortes por dengue são atribuídas ao sorotipo 1 da doença, com 58,8%, enquanto o sorotipo 2 representa 40,8%, sendo associado a um maior agravamento da enfermidade.
Além do aumento das mortes, o estado também observa um significativo aumento no número de solicitações de internação para tratamento da doença. Em janeiro deste ano, eram registradas em média 10 solicitações de internações por dia, número que saltou para 35 em fevereiro, chegando a 80 na última semana e atingindo 123 pacientes internados com sintomas de dengue nesta quinta-feira.
O subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura, destacou a importância de procurar as unidades de saúde ao apresentar sintomas da doença, enfatizando a necessidade de ingestão de líquidos e acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento adequados.
Entre as mortes por dengue registradas, duas ocorreram em casa, indicando que as pessoas não buscaram assistência ou não reconheceram o agravamento dos sintomas, ressaltou o subsecretário, alertando para sinais como manchas no corpo, coceira, náusea, tontura e sangramento nas gengivas.
Apesar do aumento alarmante de casos, a cobertura vacinal ainda é baixa. Apenas 41,7% da população de 10 a 14 anos residente nos 134 municípios goianos beneficiados com o imunizante foram vacinadas, segundo dados da SES.
Diante desse cenário, o governo estadual tem implementado Gabinetes de Combate à Dengue nos municípios, responsáveis pelo monitoramento, acompanhamento e resposta à doença. Atualmente, 207 municípios goianos contam com essas estruturas, que visam controlar a propagação do vírus e garantir assistência adequada à população afetada.