Crac e Goiás empatam sem gols em Catalão e criam um cenário de tensão para o jogo de volta
Decisão da vaga segue indefinida após empate sem gols, com reclamações sobre arbitragem em lances polêmicos.

No confronto de ida das quartas de final do Campeonato Goiano, realizado neste domingo (2) no Estádio Genervino da Fonseca, em Catalão, Crac e Goiás empataram em 0 a 0, em um jogo marcado por muitos questionamentos sobre a arbitragem. O empate foi o resultado de um confronto equilibrado, onde ambos os times tiveram boas oportunidades, mas falharam na finalização, e onde os árbitros se tornaram protagonistas após decisões polêmicas em dois lances decisivos na segunda etapa.
A partida foi marcada por um desempenho equilibrado das duas equipes, que chegaram às quartas de final com campanhas quase idênticas: Goiás somou 18 pontos, ficando em 4º lugar, enquanto o Crac fez 17 pontos, na 5ª posição. Apesar da superioridade do time esmeraldino no início da fase, a equipe catalana, que vinha crescendo de produção com o técnico Luan Carlos, teve boas chances e pressionou o Goiás, mas acabou não conseguindo aproveitar o fator casa.
Arbitragem controversa e gols anulados
Logo no início da segunda etapa, uma das maiores polêmicas do jogo ocorreu: Arthur Caíke, que havia entrado no intervalo no lugar de Facundo Barceló, recebeu um passe em profundidade, passou pelo goleiro Cleriston e tocou para o gol, mas a arbitragem assinalou impedimento e anulou o gol. O técnico Jair Ventura e o elenco do Goiás ficaram indignados com a decisão, pois alegaram que o atacante estava em posição legal.
Além disso, antes desse lance, o Crac teve outro momento de grande controvérsia. No primeiro tempo, a equipe catalana reclamou de um pênalti não marcado após uma bola tocar no braço de Lucas Lovat, defensor do Goiás, dentro da área. A reclamação aumentou com a alegação de que o jogador do time esmeraldino não teve tempo de se mover para evitar o toque, mas o árbitro Jefferson Ferreira decidiu não marcar a penalidade.
O desempenho das equipes e as estratégias
O técnico Jair Ventura apostou em uma formação ofensiva com dois estrangeiros no ataque: o uruguaio Facundo Barceló e o venezuelano Esli Garcia, que pouco produziram no primeiro tempo. Arthur Caíke, ao entrar no segundo tempo, melhorou a movimentação do ataque alviverde, com boas jogadas pelas laterais e alguns lances perigosos.
No lado do Crac, o técnico Luan Carlos apostou em atacantes rápidos, como Cléo Silva e Rafhael Lucas, que foram responsáveis pela maior parte das jogadas perigosas, embora sem conseguir concretizar nenhuma delas. Rafhael Lucas teve uma chance clara após receber um passe em profundidade, mas a finalização foi defendida por Tadeu, goleiro do Goiás, e a arbitragem assinalou impedimento.
A defesa do Goiás teve grande participação no jogo, com Messias e Luiz Felipe demonstrando consistência nas jogadas aéreas, enquanto o volante Gonzalo Freitas foi uma peça-chave no combate à criação de jogadas ofensivas do Crac.
Decisão da vaga: tudo em aberto
Com o empate sem gols, a decisão pela vaga nas semifinais do Campeonato Goiano ficará para o jogo de volta, que acontecerá na próxima quarta-feira (5), no Estádio da Serrinha, em Goiânia. Se o confronto terminar novamente empatado, a vaga será definida nas cobranças de pênaltis, o que aumenta ainda mais a expectativa para o duelo decisivo.
A partida deixou a impressão de que, apesar da vontade das equipes em buscar a vitória, a falta de um bom poder ofensivo foi um fator decisivo para que o placar permanecesse inalterado. A arbitragem também terá mais um capítulo importante na próxima quarta-feira, com a expectativa de que as polêmicas não se repitam e que o jogo seja decidido apenas dentro de campo.
FICHA TÉCNICA
Crac: Cleriston; Potiguar, Corrêa, Danrlei, Pará; Robson Alemão, Wagner Manaus, Iago Martins; Cléo Silva (Juninho), Rafhael Lucas (Pilar), Jeremias (Mauro).
Técnico: Luan Carlos
Goiás: Tadeu; Willean Lepo, Messias, Luiz Felipe, Lucas Lovat (Lucas Lovat); Gonzalo Freitas, Juninho, Rafael Gava; Vitinho (Welliton Matheus), Facundo Barceló (Arthur Caike), Esli Garcia (Zé Hugo, depois Jajá).
Técnico: Jair Ventura
Local: Estádio Genervino da Fonseca (Catalão-GO)
Árbitro: Jefferson Ferreira
Assistentes: Tiego dos Santos e Márcio Marques da Silva
VAR: João Paulo Cunha
Público: 2.424 pagantes
Renda: R$ 56.340,00
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