Comissão da Assembleia Legislativa Cobra Explicações do Secretário de Saúde sobre o Atendimento no Crer
Devido às reclamações de pacientes e representantes de organizações, os legisladores planejaram um encontro com Sérgio Vencio para abordar o aumento do número de consultas e assistência médica.
A Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa está realizando uma reunião nesta manhã de sexta-feira, dia 6, com o secretário estadual de Saúde, Sérgio Vêncio, para abordar questões cruciais relacionadas ao atendimento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). Essa reunião foi convocada após uma audiência pública realizada na quarta-feira, dia 4, na qual pacientes e representantes de entidades expuseram suas preocupações, incluindo demissões de funcionários, redução na quantidade de consultas e alegada falta de assistência aos pacientes.
O presidente da Comissão, o deputado Paulo Cezar Martins (PL), inicialmente ventilou a convocação do secretário. No entanto, após articulação com o governo, ele optou por alterar o requerimento apresentado na quinta-feira, dia 5, que foi aprovado em plenário. Esse requisito busca obter informações previstas sobre a execução do contrato com a organização social Agir, responsável pela gestão do hospital.
Durante uma audiência pública, pacientes relataram demissões em massa de colaboradores com vasta experiência, o que resultou em atrasos significativos de até dois anos para retornos e consultas. Além disso, denunciaram altas complicações hospitalares exigidas para pacientes que ainda apresentam alterações de reabilitação ou readaptação. Entre as questões levantadas, destaca-se o prazo de um dois anos para a disponibilização de órteses, próteses e cadeiras de rodas. Além disso, foi mencionado que um aparelho de eletroneuromodulação, que requer uma equipe para operação, continua inativo devido às demissões.
Válney Luiz da Rocha, diretor-geral da unidade, negou que tenha ocorrido uma demissão em massa, argumentando que não houve a saída de 50% dos funcionários, mas informou uma reformulação interna na equipe. Ele acrescentou que houve uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho, que foi rejeitada. Quanto aos atrasos nas órteses e próteses, bem como nas consultas, Rocha explicou que isso se deve à demanda acima do que estava previsto no contrato.
Rocha esclareceu: “A oficina ortopédica do CRER tem um contrato de gestão com recursos para 1 mil órteses e próteses por mês, mas nós produzimos cerca de 1,2 mil. É preciso que haja uma pactuação de contrato de gestão com mais recursos financeiros. É uma obrigação do estado, e nós apenas gerenciamos uma unidade do estado, que estabelece no contrato o que é para ser feito”.
O deputado Paulo Cézar Martins ressaltou a importância de “despolitizar” o debate em torno do CRER no governo e está buscando o apoio de seus colegas para que emendas impositivas possam oferecer suporte financeiro ao hospital.
Essa reunião representa um passo significativo na busca por soluções para os problemas enfrentados pelos pacientes e pela equipe do CRER, melhora a qualidade dos serviços prestados a quem mais precisa.