Câncer de Pele: Entenda os Tipos, Fatores de Risco e Como Prevenir
Não melanoma é o tipo mais frequente, mas prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para combater a doença
O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil e pode ser classificado em dois grupos principais: não melanoma e melanoma. Embora o câncer de pele não melanoma seja mais frequente e menos agressivo, ambos exigem atenção e cuidados devido aos riscos de complicações, principalmente em casos diagnosticados tardiamente. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país registra, anualmente, cerca de 220.490 novos casos de câncer de pele não melanoma, sendo 118.570 em mulheres e 101.920 em homens.
Não melanoma: mais frequente, mas não inofensivo
O câncer de pele não melanoma manifesta-se, geralmente, como lesões que se assemelham a feridas, espinhas ou verrugas e ocorre principalmente em áreas do corpo frequentemente expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e mãos. Apesar de menos agressivo, se não tratado, pode causar danos locais extensos e, em casos raros, se disseminar para outros órgãos.
Um dos motivos para a maior incidência em mulheres pode estar relacionado ao hábito de consultar médicos regularmente, favorecendo diagnósticos mais frequentes e precoces.
Melanoma: o tipo mais perigoso
Embora menos comum, o melanoma é a forma mais agressiva do câncer de pele. Ele pode surgir como uma mancha escura ou lesão pigmentada, muitas vezes em áreas menos expostas ao sol, e tem alto potencial de metástase. Detecção precoce é crucial para aumentar as chances de cura.
Principais fatores de risco
O câncer de pele é causado, sobretudo, pela exposição cumulativa à radiação ultravioleta (UV). Entretanto, outros fatores também contribuem:
- Histórico familiar de câncer de pele;
- Uso de câmaras de bronzeamento artificial, que têm o uso proibido pela Anvisa devido aos riscos;
- Imunossupressão, seja por doenças ou medicamentos;
- Exposição a produtos químicos, como arsênio e alcatrão.
A idade avançada também é um fator importante. Com o envelhecimento populacional, especialistas alertam para um aumento no número de diagnósticos, especialmente em pessoas acima dos 60 anos.
Como prevenir o câncer de pele?
De acordo com o dermatologista Dr. Denis Ricardo Miyashiro, a prevenção é a melhor estratégia para combater o câncer de pele. Medidas simples podem reduzir drasticamente os riscos:
- Protetor solar: Aplicar diariamente, com reaplicações a cada 2-3 horas, mesmo em dias nublados;
- Proteção física: Usar roupas de manga longa, chapéus, bonés e óculos escuros com proteção UV;
- Evitar o sol em horários de pico: Entre 9h e 15h, quando a radiação UV é mais intensa;
- Realizar autoexames regulares, observando sinais como manchas, lesões ou mudanças na pele.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Exames dermatológicos regulares permitem a identificação de lesões suspeitas em estágios iniciais. Tanto o câncer de pele não melanoma quanto o melanoma têm taxas de cura elevadas quando tratados precocemente.
Para lesões superficiais, os tratamentos mais comuns incluem cirurgia e, em casos específicos, técnicas como crioterapia ou radioterapia. Já os melanomas avançados podem exigir abordagens mais complexas, como imunoterapia ou terapia-alvo.
Alerta para a saúde pública
Com o aumento da exposição solar e a popularização de atividades ao ar livre, é fundamental reforçar a conscientização sobre os perigos da radiação UV. Políticas públicas voltadas à prevenção e campanhas educativas são indispensáveis para reduzir a incidência do câncer de pele e evitar impactos ainda maiores à saúde da população.
Prevenir é sempre a melhor escolha: proteja-se e consulte regularmente um dermatologista!
Tags: #CâncerDePele #Saúde #Prevenção #RadiaçãoUV