Caiado classifica prisão de Bolsonaro como “capítulo triste” e diz que resposta virá “das ruas e do povo”
O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado, critica decisão do STF, defende revisão da medida e convoca mobilização popular para 2026.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), repercutiu com veemência a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Em pronunciamento público na manhã deste sábado (22), Caiado qualificou o episódio como “mais um triste capítulo da vida política nacional” e previu que a “resposta virá das ruas e do povo nas eleições de 2026”.
Segundo o governador, o processo judicial a que Bolsonaro vem sendo submetido representa “uma tentativa clara de envergar sua dignidade até o limite que um homem pode suportar”. Ele rejeitou a tese de risco de fuga apresentada para justificar a custódia, argumentando que a vigília convocada por apoiadores é “tão improvável para uma fuga quanto é absurda a ideia de derrubar o Estado Democrático de Direito por meio de um bando de baderneiros”.
Caiado também chamou atenção para o estado de saúde de Bolsonaro, afirmando que ele “necessita de cuidados médicos permanentes e é monitorado pela Polícia Federal”, o que tornaria inviável qualquer plano de evasão. “Há motivos humanitários e institucionais para que essa prisão seja revista pelo STF em colegiado. Esse é o mais correto”, defendeu.
Em tom de solidariedade, o governador manifestou apoio pessoal ao ex-presidente e sua família: “Como homem temente a Deus, que ele sempre foi, Bolsonaro terá altivez, força e coragem para enfrentar esse momento extremamente delicado”. Para Caiado, a mobilização política não se esgota na esfera jurídica: “A voz do povo será decisiva.”
A declaração de Caiado intensifica sua postura política conservadora e sua articulação para a disputa presidencial de 2026, reforçando uma narrativa de resistência e possibilidade de reconciliação no campo da direita. Ele já havia dito anteriormente que apoiaria anistia a Bolsonaro se eleito, vendo a medida como um gesto de pacificação nacional.
Apesar das críticas, o governador nega que queira interferir diretamente no processo judicial: segundo ele, sua posição é humanitária e política, mas “sem invadir a jurisdição do STF”.
Tags: #RonaldoCaiado #Bolsonaro #PrisaoPreventiva #STF #Politica2026 #Direita #Goiás

