Cadela morre enforcada em pet shop de Planaltina: negligência e revolta geram comoção
Caso da cadela Hasha, de 4 anos, expõe falhas de segurança em pet shop e abre debate sobre responsabilidade no cuidado com animais. A investigação está em andamento.

Um episódio trágico em Planaltina, no Entorno do Distrito Federal, gerou comoção e revolta. A cadela Hasha, de apenas 4 anos, morreu enforcada em um pet shop após ser deixada pela tutora, Angélica Alves, para um banho e tosa. Segundo a denúncia, o animal foi encontrado pelo filho da tutora, suspenso em uma bancada de secagem, já sem vida.
“Ele viu pela porta de vidro e correu desesperado. Tentou fazer algo, mas ela já estava morta, com a língua e os olhos para fora”, relatou Angélica, que também teve de socorrer o filho após ele sofrer uma crise e ser hospitalizado.
Negligência admitida pelo pet shop
O estabelecimento My Pet – Pet Shop identificou uma falha e informou que o funcionário responsável foi desligado. Em nota pública, a proprietária Mayara lamentou o ocorrido, assumindo a negligência e prometendo rever os protocolos de segurança para evitar situações semelhantes.
“Estamos profundamente enristecidos. Assim que percebemos o ocorrido, tomamos medidas imediatas, incluindo o custeio da cremação do animal e a revisão de nossos procedimentos. Nossa missão é garantir o cuidado e a dignidade dos animais, mas, infelizmente, falhamos gravemente neste caso”, declarou Mayara.
Contudo, um tutor da cadela se disse indignado com a conduta do pet shop, principalmente após um áudio em que a proprietária pediu para enganar seu filho em meio ao desespero. “Isso não se faz. Ela me mandou uma mensagem dizendo que estava tudo tranquilo, mas meu Hasha já estava morto”, desabafou Angélica.
Investigações e contexto legal
A Polícia Civil de Planaltina de Goiás abriu uma investigação para apurar responsabilidades. O delegado José Mendes de Melo afirmou que já determinou diligências e que os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias.
Os casos de negligência envolvendo animais podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) , que prevê punições para maus tratos a animais, incluindo situações de descuido que resultem em morte.
Protestos e vandalismo
Após a repercussão do caso, o pet shop foi alvo de vandalismo e precisou suspender temporariamente suas atividades. A proprietária é uma ameaça e ataques ao local. “Decidimos fechar por segurança. Estamos assustados com o que ocorre e queremos evitar mais danos”, afirmou.
Debate sobre cuidados e segurança em pet shops
O caso de Hasha reacende a discussão sobre a responsabilidade e os padrões de segurança em estabelecimentos que prestam serviços para animais. Os especialistas alertam que a supervisão constante e o treinamento adequado de funcionários são essenciais para garantir o bem-estar dos animais de estimação.
“Animais são vulneráveis e dependem totalmente de cuidados humanos. Qualquer falha pode ter consequências trágicas, como vimos neste caso. É urgente que os tutores exijam transparência e procurem locais com boas práticas e estrutura adequada”, ressalta a veterinária Carolina Souza.
Saudades de Hasha
Angélica descreve a cadela como uma companheira dócil e carinhosa. “Hasha parte faz da nossa família. Ela correu para ficar ao lado do meu filho mais novo quando ele chegasse à escola. A casa está vazia sem ela”, lamenta.
A tutora agora busca justiça e pretende levar o caso às últimas consequências. “Quero que ninguém mais passe por isso. É uma dor que não deseja a ninguém.”
O que o caso ensina aos tutores
- Pesquisa e referências: Antes de contratar serviços para animais de estimação, pesquise sobre o histórico do local e leia avaliações.
- Visite previamente: Conheça as instalações e questione sobre os procedimentos adotados.
- Monitoramento: Prefira locais que permitam acompanhar o cuidado da animação
A morte de Hasha é um alerta para tutores e profissionais da área:
Posicionamento do pet shop na íntegra:
“Sou a proprietária e fundadora do pet shop e hoje venho a público com o coração profundamente entristecido para falar sobre o lamentável ocorrido em nosso estabelecimento. No dia de hoje, enfrentamos uma situação extremamente dolorosa: a perda de um cachorro sob os nossos cuidados, causada por negligência de um funcionário. Quero, antes de tudo, expressar minhas mais sinceras desculpas e sentimentos aos tutores do animal. Entendo que nenhum gesto pode reparar essa perda, mas gostaria de garantir que estamos fazendo todo o possível para lidar com as consequências deste trágico episódio. Assim que tomei ciência do ocorrido, medidas imediatas foram tomadas. O funcionário envolvido foi advertido, nos próximos dias outras medidas serão tomadas, e estamos revisando nossos protocolos de treinamento e supervisão para garantir que algo assim jamais volte a acontecer.
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