22 de dezembro de 2024
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Aviação civil brasileira bate recorde de passageiros e Goiás desponta como polo estratégico do setor

A expansão da aviação geral, recorde de passageiros e o projeto inovador do Antares Polo Aeronáutico consolidam o papel de Goiás na aviação nacional e revelam novas oportunidades econômicas.
Em 2024 mais de 145 milhões de passageiros devem voar pelos céus do Brasil. Marcelo Camargo/Agência Brasil

O setor de aviação civil no Brasil está prestes a superar seu maior recorde histórico, com uma previsão de 145 milhões de passageiros transportados em 2024. Esse número ultrapassaria os 142 milhões registrados em 2019, conforme o Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Esse crescimento é impulsionado pelo aumento na demanda de viagens tanto no mercado doméstico quanto internacional.

Paralelamente, Goiás se consolida como um dos principais polos de manutenção aeronáutica no país. Segundo a 9ª edição do Anuário Brasileiro de Aviação Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Aviação (IBA) em outubro de 2024, o estado abriga 57 bases de organizações de manutenção (OMs), ficando atrás apenas de São Paulo, que possui 170 bases. A localização geográfica estratégica e a crescente demanda do setor posicionam Goiás como peça-chave na expansão da aviação brasileira.

O protagonismo da aviação geral

A aviação geral, que engloba serviços como táxi aéreo, voos executivos, transporte aeromédico e agro aviação, é responsável por 68% da frota privada do Brasil. Com mais de 700 mil operações de pousos e decolagens realizadas em 2023, o segmento supera amplamente as 157 mil operações da aviação comercial. Esse dado destaca o papel essencial da aviação geral para o setor, especialmente em regiões com forte atividade agrícola, como o Centro-Oeste.

Antares Polo Aeronáutico: o futuro da aviação em Goiás

De olho nesse cenário, o Antares Polo Aeronáutico, em construção em Aparecida de Goiânia, promete revolucionar a aviação no estado. Com um investimento inteiramente privado, o projeto é liderado por um consórcio de empresas goianas, incluindo a Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, e RC Bastos Participações.

O polo ocupará uma área de 209 hectares e contará com infraestrutura moderna para atender todos os segmentos da aviação geral. A primeira fase do projeto inclui uma pista de pouso de 2 mil metros de extensão, terminal de passageiros, hangares e serviços especializados, como manutenção aeronáutica e transporte aeromédico.

Goiás no centro das atenções estratégicas

A localização privilegiada do Antares, no coração do Brasil, o coloca a poucas horas de voo das regiões que concentram mais de 60% do PIB nacional, incluindo o Sudeste e o Sul. Além disso, a proximidade com o Mato Grosso e a região do Matopiba reforça sua relevância para o setor agro, integrando o maior produtor de grãos do país e uma das mais promissoras fronteiras agrícolas do Brasil.

“O Antares é um projeto que vai muito além da aviação executiva. Estamos falando de um megaempreendimento com potencial de atender a aviação comercial e ampliar a infraestrutura para setores-chave da economia nacional ao longo das próximas décadas”, explica Rodrigo Neiva, diretor comercial e sócio-empreendedor do projeto.

Perspectivas para o setor

Com a expansão do transporte aéreo e o desenvolvimento de polos estratégicos como o Antares, o Brasil se consolida como referência no mercado global de aviação. A infraestrutura moderna, o crescimento do transporte de passageiros e a diversificação de serviços prometem impulsionar ainda mais o setor, ao mesmo tempo em que Goiás se destaca como um dos motores dessa transformação.


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