22 de novembro de 2024
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Assistente social é suspeita de desviar aposentadoria e fazer empréstimos no nome de idoso para apostas online

Mulher teria usado benefício e crédito de quase R$ 20 mil em nome da vítima para financiar jogos de azar, aponta investigação. Suspeita pode pegar até 13 anos de prisão.
Policiais civis fazendo buscas na casa da assistente social suspeita de pegar a aposentadoria de idoso e fazer empréstimos no nome dele. (Divulgação/Polícia Civil)

Uma assistente social de Goianápolis, na Região Metropolitana de Goiânia, está sob investigação da Polícia Civil (PC) por suspeita de desviar a aposentadoria de um idoso de 65 anos e usar o dinheiro para fazer apostas online. Além disso, a mulher teria realizado dois empréstimos no nome da vítima, totalizando quase R$ 20 mil, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Leonilson Pereira.

A polícia informou que o golpe foi descoberto após o idoso perceber que sua aposentadoria estava sendo utilizada indevidamente. As investigações apontaram que a assistente social, além de sacar os valores mensais da aposentadoria, contraiu os empréstimos em nome da vítima sem seu consentimento, usando os recursos para financiar apostas pela internet.

Operação policial e apreensões

Na quinta-feira (17), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência da suspeita, onde foi recolhido um celular e diversos documentos que podem comprovar a fraude. A ação foi parte das investigações que agora seguem em busca de mais detalhes sobre o envolvimento da mulher nas operações de apostas e na apropriação dos valores retirados.

“O inquérito já possui elementos robustos que indicam que a assistente social se valeu de sua proximidade com a vítima para acessar seus dados pessoais e bancários, cometendo os crimes de furto mediante fraude e falsidade ideológica“, explicou o delegado Leonilson Pereira. Somadas, as penas podem chegar a 13 anos de prisão.

Modus operandi e alerta para a população

De acordo com a polícia, a suspeita tinha acesso ao cartão de aposentadoria do idoso e usava seus dados para realizar transações sem que ele percebesse imediatamente. A situação só veio à tona quando o idoso, ao tentar utilizar seus benefícios, encontrou dificuldades e procurou ajuda. Foi quando os familiares descobriram a existência dos empréstimos e das retiradas mensais que não haviam sido autorizadas por ele.

“É muito importante que a população fique atenta a quem tem acesso às suas informações financeiras. Casos como este, envolvendo pessoas em situação vulnerável, infelizmente estão se tornando mais frequentes”, alerta o delegado Pereira. Ele também destaca a necessidade de monitoramento constante das contas bancárias, especialmente para aposentados e pensionistas, que muitas vezes delegam o gerenciamento dos seus benefícios a terceiros.

Impacto social e abuso de confiança

A posição da suspeita como assistente social traz uma camada extra de indignação ao caso, uma vez que profissionais dessa área são frequentemente confiados com informações pessoais e, muitas vezes, com a administração de recursos de pessoas em situações vulneráveis. “Trata-se de um claro abuso de confiança, agravado pela relação profissional que deveria prezar pela proteção dos direitos e pelo bem-estar da vítima”, pontuou um advogado envolvido no caso.

A assistente social ainda não foi presa, mas pode ser indiciada formalmente pelos crimes nas próximas semanas, conforme o avanço da investigação. O caso serve de alerta para a necessidade de maior controle e fiscalização em operações que envolvam benefícios previdenciários e empréstimos consignados.

Repercussão e medidas preventivas

O caso de Goianápolis gerou comoção na comunidade local e levanta um debate sobre a vulnerabilidade dos idosos frente a golpes financeiros. Especialistas recomendam que familiares estejam mais próximos da administração dos recursos de seus parentes idosos e que os bancos implementem sistemas mais rigorosos para evitar fraudes como essa.

Fechamento das investigações

Enquanto a investigação segue em andamento, a Polícia Civil busca identificar possíveis cúmplices ou outras vítimas da mesma assistente social. “Estamos analisando o histórico financeiro da suspeita e sua relação com outros beneficiários que ela possa ter atendido no passado. O objetivo é garantir que todos os responsáveis sejam levados à justiça”, concluiu o delegado Pereira.

A assistente social, cujo nome não foi divulgado, poderá enfrentar um julgamento nas próximas semanas, conforme a conclusão do inquérito policial.

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