21 de novembro de 2024
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Ação policial resulta na detenção de membros de uma associação de torcedores.

O Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot) executou ações de cumprimento de dois mandados, que envolveram prisões, bem como buscas e apreensões.
Operação prende integrantes de torcida organizada
(Foto: PC)

Nesta semana, dois jovens, que de acordo com a Polícia Civil fazem parte de uma torcida organizada vinculada ao Goiás Esporte Clube, foram detidos sob suspeita de terem disparado contra dois adversários no dia 1º de junho, em uma praça no Setor Negrão de Lima, em Goiânia. As investigações revelaram que tanto as vítimas quanto os agressores têm uma história conjunta desde a infância, compartilhando anos de amizade escolar na adolescência, mas suas lealdades a times distintos sempre os colocaram em conflito.

O atentado de duplo homicídio ocorreu em uma praça que, segundo o delegado Samuel Moura, responsável pelo Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot) na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), estava frequentada por várias pessoas naquele momento. “Os dois jovens detidos, ao passarem pelo local e avistarem os torcedores de outra equipe, com os quais estavam familiarizados, decidiram voltar para casa, pegaram um revólver e retornaram de moto, efetuando quatro disparos que, por sorte, não atingiram outros indivíduos presentes na praça”, detalhou o delegado.

As duas pessoas que eram o alvo dos disparos foram atingidas, uma com um tiro no braço e a outra com um tiro superficial na perna. Uma das vítimas passou por uma cirurgia, mas foi liberada dois dias depois. Durante a execução dos mandados de prisão e busca e apreensão, os agentes do Geprot, pertencente à Deic, conseguiram localizar tanto a arma utilizada na tentativa de duplo homicídio quanto a motocicleta empregada pelos agressores para chegar ao local do crime e fugir posteriormente.

No intuito de descobrir a origem da arma, os telefones celulares dos dois suspeitos foram apreendidos. A polícia visa identificar quem forneceu a arma utilizada no ataque aos rivais. Quando essa pessoa for identificada, ela também enfrentará acusações por dupla tentativa de homicídio.

Durante os depoimentos, um dos detidos, que admitiu ter realizado os disparos, alegou ter pegado o revólver emprestado de um conhecido, porém, recusou-se a revelar a identidade dessa pessoa. Ainda que os nomes e idades dos dois presos não tenham sido divulgados, a Polícia Civil divulgou suas imagens à imprensa, pois suspeita que ambos possam estar envolvidos em outras atividades criminosas.