Sisu 2026 abre inscrições em janeiro e consolida maior edição da história do programa
Com quase 275 mil vagas em universidades públicas, processo seletivo passa a considerar notas das três últimas edições do Enem e reforça critérios de transparência e equidade

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) chega à edição de 2026 consolidado como o principal mecanismo de acesso ao ensino superior público no país e alcança seu maior alcance desde a criação do programa. O Ministério da Educação (MEC) publicou o Edital nº 29/2025, que estabelece as regras do processo seletivo e fixa o período de inscrições entre 19 e 23 de janeiro de 2026, exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Ao todo, serão ofertadas 274,8 mil vagas em cursos de graduação gratuitos, distribuídas em 7.388 cursos de 136 instituições públicas de educação superior. O volume de vagas e a ampliação do número de instituições participantes colocam esta edição como a mais abrangente da história do Sisu, reforçando o papel estratégico do programa na democratização do acesso à universidade.
Mantendo o modelo adotado na edição anterior, o Sisu 2026 contará com uma única etapa de inscrição. Os candidatos disputarão, em um único processo seletivo, todas as vagas disponíveis para o ano letivo, tanto para o primeiro quanto para o segundo semestre. O resultado da chamada regular será divulgado em 29 de janeiro de 2026, e o período de matrícula nas instituições começa em 2 de fevereiro.
Entre os principais ajustes do edital está a ampliação da base de notas consideradas no processo seletivo. A partir desta edição, o Sisu passa a utilizar os resultados das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 2023, 2024 e 2025. O sistema selecionará automaticamente a melhor média ponderada do candidato, conforme os pesos definidos por cada curso, desde que o participante não tenha sido treineiro e tenha obtido nota superior a zero na redação.
O MEC afirma que a mudança busca aumentar o aproveitamento das vagas públicas e conferir maior justiça ao processo, permitindo que estudantes utilizem seu melhor desempenho recente no Enem. Em situações de empate, o edital estabelece critérios técnicos de desempate, levando em consideração a maior nota em componentes curriculares específicos, conforme a prioridade definida pelo curso.
O edital também reforça a exigência de conclusão do ensino médio como condição indispensável para a matrícula, assegurando segurança jurídica às instituições e igualdade de condições entre os concorrentes. O candidato poderá se inscrever em até duas opções de curso, indicando ordem de preferência, turno, local de oferta e instituição.
No campo das políticas de inclusão, o Sisu 2026 mantém integralmente a aplicação da Lei de Cotas e das ações afirmativas próprias das instituições federais e estaduais. Durante a inscrição, o candidato deverá preencher o cadastro socioeconômico e indicar as modalidades de reserva de vagas para as quais possui perfil, respeitando o limite de uma ação afirmativa por bônus e uma por reserva de vagas. As vagas reservadas contemplam estudantes de escolas públicas, pessoas de baixa renda, pessoas com deficiência, além de candidatos pretos, pardos, indígenas e quilombolas.
Os candidatos não selecionados na chamada regular poderão manifestar interesse na lista de espera entre 29 de janeiro e 2 de fevereiro. As instituições poderão utilizar essa lista ao longo de todo o ano para o preenchimento de vagas que eventualmente não forem ocupadas. Após o encerramento desse processo, vagas remanescentes ainda poderão ser ofertadas por meio de aditivos aos termos de adesão das instituições, restritos a candidatos que tenham participado da edição regular do Sisu.
Segundo o MEC, o conjunto de ajustes do Sisu 2026 não altera a essência do programa, mas aprimora seus mecanismos de funcionamento. O novo edital busca alinhar o sistema às normas mais recentes do Enem, ampliar a ocupação das vagas públicas e reforçar princípios de transparência, equidade e acesso democrático à educação superior no Brasil.
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