Polícia Civil prende mulher por maus-tratos a animais e resgata centenas em situação extrema, em Goiânia e Aparecida
Operação do Grupo de Proteção Animal identificou cães doentes e cerca de 300 hamsters sem água ou higiene; laudos confirmaram crime ambiental.
A Polícia Civil de Goiás prendeu, na última quinta-feira (11), uma mulher suspeita de praticar maus-tratos sistemáticos contra animais em imóveis localizados em Goiânia e Aparecida de Goiânia. A ação foi conduzida pelo Grupo de Proteção Animal (Gprot), vinculado à 1ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), após o recebimento de denúncia anônima considerada consistente pelas equipes de investigação.
O primeiro endereço vistoriado foi uma residência no Setor Vila Boa, na capital. No local, os policiais encontraram uma cadela em condição crítica de abandono, mantida sozinha em ambiente insalubre, com acúmulo de fezes e urina, ausência de água potável e sinais evidentes de sofrimento físico. O animal apresentava ferimentos nas patas e sintomas compatíveis com doença dermatológica, indicando negligência prolongada.
Durante a abordagem, a própria tutora informou manter outros animais em um segundo imóvel, no Setor Aeroporto Sul, em Aparecida de Goiânia. As equipes se deslocaram imediatamente ao endereço indicado, onde constataram um cenário ainda mais grave. Uma cadela da raça pit bull foi encontrada em estado de magreza acentuada, infestada por ectoparasitas, demonstrando sinais claros de desnutrição e falta de cuidados veterinários. No mesmo local, uma cadela da raça Yorkshire permanecia confinada em uma gaiola, sem condições mínimas de higiene, mobilidade ou bem-estar.
A situação se agravou com a localização de aproximadamente 300 hamsters mantidos em caixas improvisadas. A maioria dos animais estava sem acesso à água e em ambiente incompatível com qualquer parâmetro de cuidado adequado, o que caracteriza maus-tratos em larga escala.
A Polícia Técnico-Científica foi acionada e realizou a perícia nos imóveis, confirmando tecnicamente as condições de maus-tratos, o que fundamentou a prisão em flagrante da suspeita. Ela foi conduzida à unidade policial e permanece à disposição do Poder Judiciário, devendo responder por crime ambiental, conforme a legislação vigente.
Todos os animais resgatados foram imediatamente encaminhados para atendimento veterinário emergencial na Unidade de Pronto Atendimento Veterinário (Upavet). Após a recuperação clínica e sanitária, eles serão incluídos em programas de adoção responsável, sob acompanhamento dos órgãos competentes.
A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas são fundamentais para o enfrentamento aos crimes de maus-tratos e ressalta que situações de negligência, abandono e sofrimento animal configuram infrações graves, passíveis de responsabilização penal.
Tags: #PolíciaCivil #MausTratos #ProteçãoAnimal #Goiânia #AparecidaDeGoiânia #CrimeAmbiental

