Goiás alcança menor taxa de desocupação em 12 anos e consolida recuperação do mercado de trabalho, aponta IBGE
Estado fecha 2024 com desemprego de 5,4%, abaixo da média nacional; queda consistente da informalidade reforça melhoria estrutural do emprego.

Goiás encerrou 2024 com a menor taxa de desocupação em mais de uma década. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE, o estado atingiu 5,4% de desemprego, resultado que o coloca novamente abaixo da média nacional, registrada em 6,6%. Trata-se do menor índice desde 2012, ano em que Goiás havia alcançado 5,0%.
A nova taxa representa uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior e equivale a 221 mil pessoas desocupadas, o menor contingente desde o início da série histórica analisada. A força de trabalho goiana — que soma ocupados e desocupados — foi estimada em 4,1 milhões de pessoas, mantendo estabilidade e reforçando o processo de reorganização do mercado laboral.
Segundo o IBGE, a melhoria do indicador está diretamente associada ao aumento das ocupações formais, ao avanço de setores produtivos estratégicos — especialmente serviços, comércio e agronegócio — e à redução progressiva da informalidade no pós-pandemia.
Mercado de trabalho reage após anos de instabilidade e impacto da pandemia
A trajetória que culmina no resultado de 2024 começou a se firmar a partir de 2019, quando Goiás passou a registrar queda gradual do desemprego após os efeitos prolongados da recessão nacional de 2015-2016. O dinamismo dos serviços, a expansão da produção agropecuária e o fortalecimento do comércio formaram a base dessa retomada.
O avanço, porém, foi interrompido pela pandemia de Covid-19 em 2020, quando o desemprego voltou a subir, impulsionado pela desaceleração econômica, suspensão de atividades e deterioração de vínculos formais.
A partir de 2021, Goiás iniciou um processo de recomposição mais robusto do mercado de trabalho, com melhora contínua da ocupação e normalização das cadeias produtivas. Em 2022 e 2023, a trajetória se consolidou, culminando no resultado expressivo de 2024 — o melhor dos últimos doze anos, segundo os dados do IBGE.
Informalidade recua e demonstra fortalecimento estrutural
Outro indicador que reforça a qualidade da recuperação é a redução da informalidade. Em 2024, Goiás registrou 40,4% de trabalhadores informais, o menor patamar em quatro anos e o primeiro abaixo da média nacional, estimada em 40,6%.
A informalidade havia crescido de maneira acentuada entre 2020 e 2021 — de 40,3% para 42,5% — em resposta direta às condições impostas pela pandemia, que fragilizaram vínculos formais e pressionaram trabalhadores para atividades sem proteção social.
Desde então, o estado vem reduzindo esse percentual de forma consistente. Segundo o IBGE, o movimento indica maior capacidade de absorção de trabalhadores em ocupações com contribuição previdenciária, conforme o critério da Organização Internacional do Trabalho adotado na pesquisa.
Com desemprego em queda, formalização crescente e indicadores alinhados aos melhores resultados da década, Goiás se consolida como um dos estados de maior resiliência econômica no país, reforçando o cenário de recuperação sustentada após os anos mais desafiadores da pandemia.
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