Ex-funcionário de indústria farmacêutica é investigado por esquema de R$ 830 mil em consignados fraudulentos, em Aparecida de Goiânia
Polícia Civil apura uso indevido de dados internos, operações com fundos de investimento e enriquecimento ilícito; Justiça já bloqueou bens dos suspeitos para garantir ressarcimento.

A Polícia Civil de Goiás conduz uma investigação sobre um esquema de fraude financeira que teria sido articulado por um ex-funcionário de uma grande indústria farmacêutica instalada em Aparecida de Goiânia. Segundo informações colhidas pela 2ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) do município, o suspeito — que permaneceu na empresa por aproximadamente duas décadas e ocupava um cargo de confiança — é apontado como responsável por autorizar e viabilizar empréstimos consignados fraudulentos que ultrapassam R$ 830 mil.
A empresa, ao detectar inconsistências internas, acionou imediatamente as autoridades. A apuração policial revela que foram utilizados dados corporativos e informações sensíveis da instituição, supostamente repassados a operadores externos, para simular operações vinculadas a fundos de investimento. O mecanismo conferia aparência de legitimidade às transações, dificultando a identificação precoce das irregularidades.
Envolvidos ostentavam padrão de vida incompatível com renda
As equipes responsáveis pelo caso identificaram indícios de enriquecimento súbito, com a adoção de um padrão de consumo considerado elevado e distante da remuneração formal dos investigados. Esse elemento reforça a suspeita de que o grupo utilizava o esquema para obtenção de recursos contínuos, caracterizando possível associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.
Com base nos elementos já reunidos, a Justiça determinou o bloqueio cautelar de bens dos envolvidos, medida que busca assegurar o ressarcimento do prejuízo causado à instituição caso a materialidade seja confirmada ao fim das investigações.
Investigação segue em aprofundamento
A 2ª DDP de Aparecida de Goiânia segue na coleta de depoimentos, análise de documentos internos e rastreamento do fluxo financeiro relacionado às operações. A expectativa dos investigadores é de que novas diligências possam esclarecer a participação de outros colaboradores e delimitar o alcance patrimonial do esquema.
Fontes ligadas ao caso afirmam que a complexidade da fraude exige um trabalho técnico minucioso, que envolve a cooperação entre setores de compliance corporativo, especialistas em crimes financeiros e investigadores da Polícia Civil.
A empresa vítima, que mantém rígidos protocolos de controle e auditoria, reforçou ter colaborado integralmente com as autoridades desde as primeiras descobertas internas, visando à responsabilização dos envolvidos e à proteção de sua integridade operacional.
A investigação permanece em andamento, sem previsão de encerramento, e novas medidas podem ser adotadas caso surjam elementos adicionais que ampliem o escopo do esquema fraudulento.
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