Operação Última Rodada mira células violentas da Força Jovem e revela elo com facção nacional
Polícia Civil cumpre 20 mandados em Goiânia e Aparecida e aponta organização criminosa por trás de emboscada que vitimou torcedores do Esquadrão Vilanovense; investigações mostram escalada de violência articulada entre grupos rivais.

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a Operação Última Rodada, que investiga a atuação de um grupo violento associado à torcida organizada Força Jovem do Goiás e suspeito de participar de ataques premeditados contra torcedores rivais. A ofensiva mobilizou equipes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e resultou no cumprimento de 10 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em Goiânia e Aparecida de Goiânia.
De acordo com as investigações, o núcleo investigado seria responsável por uma emboscada ocorrida no Conjunto Residencial São Geraldo, no dia 1º de outubro, quando cinco torcedores ligados ao Esquadrão Vilanovense foram brutalmente agredidos ao retornar de uma partida de futebol amador. Segundo o inquérito, o ataque foi executado por integrantes distribuídos em veículos e motocicletas, que cercaram as vítimas e iniciaram agressões com barras de ferro e porretes, impedindo qualquer possibilidade de defesa.
A DEIC afirma que o episódio não foi isolado. Informações reunidas pelo setor de inteligência mostram que o grupo atua de maneira coordenada e com divisão territorial interna, representada por células conhecidas como Zona Central e Zona Norte da Força Jovem. Esses segmentos estariam envolvidos em confrontos recorrentes com torcidas rivais, seguindo um padrão de retaliação previamente organizado.
Outro ponto considerado decisivo para o avanço da investigação foi a identificação de vínculos diretos entre parte dos suspeitos e uma facção criminosa de alcance nacional. A suposta ligação elevou o nível de gravidade dos fatos e motivou a adoção de medidas judiciais mais amplas, diante da possibilidade de expansão da atuação do grupo para além do ambiente das torcidas.
A operação foi coordenada pelo Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot/DEIC), com apoio do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos da Polícia Militar de Goiás (Bepe/PMGO), que compartilhou dados operacionais relevantes para o mapeamento da estrutura do grupo.
As autoridades afirmam que novas diligências estão em andamento para aprofundar o entendimento sobre a articulação entre os investigados e identificar outros possíveis envolvidos. O avanço das apurações deve determinar se a emboscada integra um ciclo mais amplo de ações violentas que extrapolam rivalidades esportivas e alcançam dinâmicas típicas do crime organizado.
Mais informações serão apresentadas conforme o andamento da operação e a análise do material apreendido.
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