Chapecoense x Atlético-GO: duelo decisivo que pode redesenhar a reta final da Série B
Com apoio massivo da torcida e necessidade absoluta de vitória, Chape encara um Atlético-GO já sem chances, mas pressionado internamente por uma atuação digna. Resultado influencia diretamente a disputa pelo acesso envolvendo Criciúma e Goiás.
A Arena Condá recebe, às 16h30 deste domingo (23), um confronto que extrapola a classificação matemática e assume contornos emocionais e políticos no futebol nacional. Chapecoense e Atlético-GO encerram suas participações na Série B de 2025 em realidades opostas: enquanto a Chape entra em campo com a obrigação de vencer para continuar sonhando com o retorno à elite após seis anos, o Dragão cumpre tabela, mas é cobrado por dirigentes e torcedores para oferecer uma atuação que preserve o mínimo de dignidade esportiva após uma das campanhas mais irregulares da era recente.
A partida integra o conjunto de desfechos que podem alterar profundamente a corrida pelo acesso. A Chapecoense precisa vencer — não há qualquer margem para empate — e torcer simultaneamente por tropeços de Criciúma e Goiás. A combinação é complexa, mas o histórico da Arena Condá em jogos dramáticos alimenta a convicção local. Em 2021, também em casa, o clube conquistou o título da Série B aos 48 minutos do segundo tempo, em noite que ficou marcada pela reviravolta emocional proporcionada por Anselmo Ramon, hoje principal goleador do Goiás.
Com presença estimada em mais de 20 mil torcedores, mosaico preparado e atmosfera de decisão, o clube catarinense aposta na força do seu estádio para tentar repetir feitos recentes que reposicionaram a Chape como protagonista eventual em momentos críticos.
Atlético-GO: temporada irregular, cobranças internas e o peso de uma atuação que interfere no rival Goiás
O Atlético-GO encerra uma temporada marcada pela instabilidade. Sem chance de acesso e distante de disputar objetivos maiores, o clube vive a expectativa de fechar o ano ao menos com uma atuação competitiva — exigência reiterada pelo presidente Adson Batista, que classificou a campanha como uma das mais frustrantes desde 2018.
O Dragão, além de pressionado internamente, entra em campo sob holofotes indiretos: um empate ou vitória sua pode influenciar a briga do arquirrival Goiás, que depende do próprio resultado diante do Remo, mas pode se beneficiar de possíveis combinações envolvendo o jogo em Chapecó. A diretoria atleticana, no entanto, nega qualquer intenção de colaborar com o acesso do concorrente estadual e reforça que o foco é apenas profissional e interno.
Com desfalques importantes — entre eles o volante Ronald (suspenso), Paulo Vitor e Jean Dias (ambos liberados para férias) —, o Atlético-GO fará mudanças estruturais na equipe. A partida também marca a primeira atuação de Vladimir após renovação contratual.
Chapecoense: elenco pressionado, baixas estratégicas e última chance de reencontro com a elite
A Chape terá de administrar a pressão pelo resultado com três desfalques significativos: os uruguaios Diego Hernández e Nico Ferreira (expulsos contra o Avaí) e o meio-campista Pedro Castro (suspenso). A equipe de Gilmar Dal Pozzo confia no entrosamento da base titular, especialmente no poder de decisão do atacante Perotti, um dos destaques ofensivos da equipe na reta final.
O time catarinense aposta em seu padrão tático sólido em casa e na imposição física no meio-campo para tentar controlar o jogo desde o início. O desafio é evitar a ansiedade, ponto sensível da equipe em partidas decisivas.
Ficha Técnica – Chapecoense x Atlético-GO
38ª rodada – Campeonato Brasileiro Série B 2025
Data: 23/11/2025 (domingo)
Horário: 16h30
Local: Arena Condá, Chapecó (SC)
Arbitragem
- Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CE)
- Assistentes: Renan Aguiar da Costa (CE) e Yuri Rodrigues Cunha (CE)
- VAR: Gilberto Rodrigues Costa Júnior (PE)
Chapecoense
Rafael Santos; Victor Eduardo, Bruno Leonardo e Eduardo Doma; Everton, Rafael Carvalheira, Jorge Giménez, Márcio Júnior e Walter Clar; Marcinho e Perotti.
Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Atlético-GO
Vladimir; Valdir Júnior, Tito, Adriano Martins e Guilherme Romão; Luizão, Ezequiel Ham e Ariel; Federico Martínez, Lelê e Yuri Alves (Talisson).
Técnico: Rafael Lacerda
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