Prefeitura inicia demolição de construções abandonadas em Goiânia
Ação da Sefic visa eliminar “mocós” usados para tráfico e consumo de drogas; primeira estrutura derrubada foi banheiro público desativado na Praça do Trabalhador.

A Prefeitura de Goiânia iniciou nesta segunda-feira (29) um programa de demolição de construções degradadas e sem uso, conhecidas popularmente como mocós. A medida é coordenada pela Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) e tem como objetivo eliminar imóveis abandonados que representam risco estrutural ou que vêm sendo utilizados para práticas ilícitas.
A primeira intervenção ocorreu na Avenida Independência, no Centro, onde um antigo banheiro público, em frente à Praça do Trabalhador, foi derrubado com apoio de máquinas da Prefeitura. O espaço, que serviu por anos aos feirantes da Feira Hippie, estava desativado desde a reforma da praça, quando três novos sanitários foram entregues.
Segundo o presidente da Associação dos Feirantes, Waldivino da Silva, o banheiro se tornou um ponto de insegurança para usuários do transporte coletivo. “Pedimos a desativação porque o local estava sem manutenção e próximo a um ponto de ônibus. Acabou se tornando área de risco para os passageiros”, afirmou.
Combate ao uso irregular
De acordo com o diretor de Fiscalização da Sefic, João Peres, denúncias da Polícia Militar e de moradores apontavam que o imóvel vinha sendo utilizado como esconderijo para traficantes e usuários de drogas. Após vistoria, a Defesa Civil condenou a estrutura. “Não podemos permitir que esses espaços sirvam de abrigo para atividades criminosas. É uma medida preventiva para garantir segurança à população”, destacou.
Ainda na mesma avenida, uma estrutura de pit-dog desativada deve ser demolida nos próximos dias. O permissionário já foi notificado e perderá a autorização para uso do espaço.
Na sequência, a ação deve atingir um sobrado localizado na Rua 233, no Setor Universitário, também condenado pela Defesa Civil. O imóvel, em situação de abandono há anos, é apontado como abrigo de pessoas em situação de rua e traficantes. “Se esse prédio desmorona durante o período chuvoso e causa mortes, a Prefeitura pode ser responsabilizada por omissão. Por isso, a medida é necessária”, explicou Peres.
Responsabilidade dos proprietários
Em casos de imóveis privados, a legislação municipal estabelece que os proprietários devem zelar pela conservação. Quando isso não ocorre, a Prefeitura pode intervir após notificação formal. No caso do sobrado no Setor Universitário, o proprietário foi notificado via edital, já que se trata de um bem pertencente a um espólio.
Expansão da operação
A Sefic informou que outros pontos estão mapeados para receber a mesma medida, entre eles um pit-dog abandonado na Avenida Perimetral, no Setor Coimbra, outro na Praça da Feira, na Vila Redenção, e um terceiro no Setor Aeroporto.
As demolições são realizadas a partir de denúncias encaminhadas pela população, pelas polícias Civil e Militar e pela Defesa Civil. Moradores podem comunicar situações semelhantes por meio da plataforma e156, no site da Prefeitura de Goiânia.
O prefeito Sandro Mabel (UB) reforçou, em declaração pública, que o objetivo da ação é combater a insegurança urbana. “Goiânia não pode ser lugar para traficantes. Vamos eliminar todos os mocós e devolver segurança à cidade”, afirmou.
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