Mulher é presa em Aparecida de Goiânia por aplicar golpe de R$ 50 mil em relacionamento virtual
Suspeita usava fotos e vídeos de outra pessoa para enganar vítima; Polícia Civil investiga possíveis novos casos.
A Polícia Civil de Goiás prendeu Érica de Souza Cardoso, de 40 anos, suspeita de estelionato virtual após aplicar um golpe estimado em R$ 50 mil contra um homem que acreditava manter um relacionamento afetivo com ela por meio de um aplicativo. O caso foi registrado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
De acordo com as investigações, a mulher utilizou fotos e vídeos de outra pessoa para criar um perfil falso. Durante quatro meses, entre abril e agosto, manteve contato com a vítima, que, acreditando na veracidade da relação, realizou transferências sucessivas via Pix, chegando a comprometer todas as reservas financeiras e ultrapassar os limites de cartões de crédito.
Estratégia de manipulação
A delegada responsável pelo caso, Luiza Veneranda, explicou que a suspeita recorria a narrativas de forte apelo emocional para convencer a vítima a enviar valores. Em uma das ocasiões, chegou a alegar a morte dos pais e pediu quantias para custear um suposto funeral. O encontro presencial era sempre adiado por meio de desculpas variadas, o que levantou a desconfiança do homem, levando-o a procurar a polícia.
Na última sexta-feira (12), equipes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra Érica. A defesa da suspeita ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
Outras vítimas em apuração
A corporação ressaltou que, em conformidade com a Lei nº 13.869/2019, a identidade da investigada foi divulgada para facilitar a identificação de possíveis outras vítimas. A investigação segue em andamento para apurar a extensão do esquema.
Casos de estelionato sentimental, também conhecidos como love scams, têm crescido no Brasil, explorando a vulnerabilidade emocional de pessoas que buscam relacionamentos em plataformas digitais. Especialistas alertam que pedidos de dinheiro, insistência em evitar encontros presenciais e uso de histórias dramáticas são sinais de alerta recorrentes nesses golpes.
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