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18 de junho de 2025
AgronegócioEconomiaNegóciosNotíciasÚltimas

Praga Silenciosa Rouba Produtividade: Nematoide de Cisto Desafia Soja no Cerrado

Crescimento exponencial da área cultivada intensifica problemas fitossanitários; manejo integrado e resistência genética emergem como estratégias cruciais para proteger a produtividade da principal commodity do agronegócio brasileiro
Com o aumento da área plantada, os problemas vão se intensificando; resistência genética é uma das estratégias de manejo

O Cerrado, bioma que se consolidou como um dos pilares da produção de soja no Brasil, testemunhou uma expansão agrícola notável nas últimas décadas, com a área plantada multiplicando-se mais de 15 vezes, alcançando cerca de 18 milhões de hectares, conforme dados do MapBiomas. Esse avanço, impulsionado por tecnologias e práticas inovadoras, elevou significativamente a produtividade das lavouras. Contudo, a monocultura extensiva também intensificou a incidência de pragas e doenças, com o nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines) emergindo como uma das maiores ameaças fitossanitárias, capaz de comprometer o desenvolvimento radicular das plantas e impor perdas substanciais à produção.

Nematoide de Cisto: Inimigo Silencioso com Impacto Devastador

“O nematoide está presente em grande parte das áreas produtivas do Brasil, mas é principalmente no Cerrado onde pode causar perdas expressivas ao longo das safras. O nematoide afeta o desenvolvimento das raízes, reduz a absorção de água e nutrientes e impacta diretamente o potencial produtivo da lavoura”, alerta Diego Palharini, consultor técnico da TMG – Tropical Melhoramento & Genética, empresa com expertise em soluções genéticas para culturas como algodão, soja e milho. A ação do nematoide no sistema radicular impede a eficiente nutrição da planta, tornando-a mais suscetível a estresses hídricos e nutricionais, e consequentemente, diminuindo seu potencial de rendimento.

Manejo Integrado: A Chave para a Mitigação de Danos

O controle eficaz do nematoide de cisto exige uma abordagem multidisciplinar e atenta a cada etapa do ciclo produtivo. A simples aplicação de uma única solução raramente se mostra sustentável a longo prazo. Palharini enfatiza a necessidade de um manejo integrado, que combine diversas estratégias para reduzir a população do patógeno no solo e minimizar seus danos. Entre as práticas recomendadas, destacam-se:

  • Uso de plantas de cobertura: A implementação de culturas de cobertura em períodos de entressafra pode auxiliar na melhoria da estrutura do solo e, em alguns casos, apresentar efeito supressor sobre o nematoide.
  • Rotação de culturas: A alternância de culturas não hospedeiras do nematoide de cisto pode interromper o ciclo de vida do patógeno e reduzir sua população no solo ao longo do tempo.
  • Manejo e estruturação do solo: Práticas que visam a melhoria da saúde física e química do solo, como o controle da compactação e a manutenção de níveis adequados de nutrientes, podem fortalecer o sistema radicular das plantas, tornando-as mais tolerantes ao ataque do nematoide.
  • Escolha de cultivares resistentes: A utilização de variedades de soja com resistência genética às principais raças do nematoide é uma das estratégias mais eficientes para mitigar os danos causados pela praga.

“O nematoide pode permanecer no solo por várias safras, tornando o controle mais complexo. Se não houver um planejamento adequado, as perdas tendem a aumentar a cada ciclo, comprometendo a viabilidade da cultura e das próximas safras”, adverte Palharini, sublinhando a importância de um planejamento estratégico a longo prazo para o manejo da praga.

Resistência Genética: Uma Barreira Eficaz Contra o Inimigo Microscópico

A incorporação de cultivares com resistência genética representa um avanço significativo no manejo do nematoide de cisto. “A resistência genética reduz os prejuízos causados pelo nematoide sem comprometer o desempenho da lavoura. O impacto da praga pode ser grande, e cultivares adaptadas às condições do Cerrado permitem ao produtor manter a rentabilidade da área”, ressalta o consultor da TMG.

A TMG, ciente da importância da resistência genética, desenvolveu um portfólio de cultivares com foco nas condições edafoclimáticas do Cerrado, incluindo aquelas com o selo “AMPLA CISTO”. Palharini explica o diferencial dessas cultivares: “O portfólio da TMG, de cultivares raízes brasileiras, foi desenvolvido para atender a diferentes condições de cultivo, incluindo cultivares com selo AMPLA CISTO, exclusivas da TMG e únicas no mercado com resistência às nove principais raças (1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10 e 14) do nematoide, mantendo o padrão de produtividade esperado pelos produtores. Analisando trabalhos realizados nas últimas safras, que determinaram e quantificaram as raças de cisto presentes nas regiões produtoras, por exemplo, podemos considerar que as cultivares com selo AMPLA CISTO da TMG proporcionam a redução de 85% a 90% das ocorrências de raças de cisto que são relatadas pelos produtores”. Essa ampla resistência oferece uma proteção robusta contra as diversas raças do nematoide presentes nas lavouras brasileiras.

Monitoramento Contínuo: Vigilância Constante para Ajustar Estratégias

Além da adoção de cultivares resistentes e práticas de manejo integrado, o monitoramento constante da lavoura é fundamental para avaliar a dinâmica da infestação e ajustar as estratégias de controle de acordo com a necessidade. “O acompanhamento técnico e a adoção de medidas preventivas podem contribuir para reduzir a pressão da praga e evitar a seleção de novas raças mais agressivas. A integração dessas práticas possibilita maior estabilidade produtiva ao longo das safras, permitindo ao produtor manter o equilíbrio entre sanidade e desempenho da lavoura”, finaliza Palharini. A vigilância constante permite a detecção precoce de focos de infestação, possibilitando a implementação de medidas de controle localizadas antes que a praga se dissemine por toda a área cultivada.

O desafio do nematoide de cisto no Cerrado exige uma mudança de paradigma no manejo da soja, com a adoção de práticas integradas e a valorização da resistência genética como ferramentas essenciais para garantir a sustentabilidade e a rentabilidade da produção da principal commodity do agronegócio brasileiro. A colaboração entre pesquisadores, técnicos e produtores é crucial para desenvolver e implementar estratégias eficazes no enfrentamento dessa ameaça invisível que paira sobre o ouro verde do Cerrado.

Tags: Soja, Cerrado, Nematóide de Cisto, Heterodera glycines, Manejo Integrado, Resistência Genética, TMG, Fitossanidade, Agricultura, Agronegócio