21 de novembro de 2024
NotíciasÚltimas

Apesar de uma lei obrigar as autoescolas a terem carros adaptados para pessoas com deficiência, os testes para a obtenção da carteira de motorista nesses veículos são realizados em apenas duas cidades.

Faltando menos de 20 dias para a entrada em vigor da lei que obriga as autoescolas em Goiás a terem um carro adaptado para uso de pessoas com deficiência (PcD), apenas duas cidades do estado possuem uma junta técnica qualificada para avaliar os candidatos. O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) planeja implantar uma equipe em Anápolis em breve. A lei determina que cada CFC deve disponibilizar pelo menos um veículo adaptado para uso de PcDs, mas isso não é útil se não houver estrutura para aplicar as provas práticas nas cidades do interior. Além disso, a demanda é baixa e o custo dos carros é alto, tornando a aquisição de um veículo adaptado financeiramente desgastante para as autoescolas. O Detran-GO afirma que realiza cerca de 300 bancas examinadoras por mês em mais de 88 municípios, mas a avaliação para PcDs requer a participação de uma junta médica e técnica especializada. O departamento disse estar disposto a levar o serviço para mais municípios, desde que haja demanda e infraestrutura adequada.

Leia a nota completa do Detran-GO
O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) realiza aproximadamente 300 bancas examinadoras por mês em mais 88 municípios goianos, atendendo à população dos 246 municípios goianos. As pessoas cujas deficiências não afetam a mobilidade – e isso é definido por um médico – são atendidas pelas bancas convencionais, apenas com alguns ajustes quando for o caso, como tradutor de libras.
Quando a deficiência afeta a mobilidade, o médico indica que o candidato seja avaliado por uma junta médica e posteriormente a junta técnica – que aplica a prova. As juntas técnicas são realizadas em Goiânia, Ceres e Anápolis, em fase de implantação. Há a disponibilidade de levar o serviço para mais municípios, desde que haja demanda e infraestrutura para atender às particularidades do serviço, por exemplo, a realização da junta exige a participação de, no mínimo, três médicos associados à Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).