8 de dezembro de 2025
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Nova Operação na Secretaria de Saúde de Goiânia Aponta Desvio de R$ 10 Milhões em Recursos Públicos

Polícia Civil cumpre cinco mandados de prisão e 17 de busca e apreensão; investigados incluem ex-secretários, empresários e membros de associação privada
Polícia cumpre 17 mandados de busca e apreensão em operação que investiga desvios na SMS de Goiânia (Reprodução/Polícia Civil)

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a segunda fase de uma operação que investiga um esquema de desvio de recursos públicos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. A nova etapa mira a aplicação irregular de aproximadamente R$ 10 milhões e envolve ex-secretários da pasta, servidores municipais e empresários ligados à área da saúde.

Nesta fase da operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em Goiânia e em endereços estratégicos no estado. A ação ocorre menos de um mês após a primeira etapa da operação, realizada em 27 de novembro, quando o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e o ex-secretário executivo, Quesede Ayres Henrique, foram presos, mas liberados após dez dias.

Quem são os novos alvos da operação?

Entre os presos nesta nova fase estão:

  • Marcus Vinícius Brasil Lourenço: ex-secretário executivo de Saúde;
  • Wander de Almeida Lourenço Filho: presidente da Associação União Mais Saúde;
  • Veriddany Abrantes de Pina: sócia-administradora da empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares, fornecedora de materiais hospitalares.

Além dos presos, a polícia executou mandados de busca e apreensão contra outros servidores e membros da Associação União Mais Saúde, entre eles:

  • Letícia Maria Isaac Carneiro: diretora de Políticas Públicas Municipais de Saúde;
  • Érika Cristina Vieira Oliveira Ximenes: superintendente de Regulação e Controle;
  • Diogo Archanjo Fleury de Souza: chefe da Advocacia Setorial da SMS;
  • Caroline de Castro Daud: vice-presidente da União Mais Saúde;
  • Conselheiros da associação: Fabrício Brasil Lourenço, Lucas Luiz de Lima Silva, Eden Gomes Rodrigues e Juliana Menara de Souza Marques.

Os mandados também foram cumpridos nas sedes da Associação União Mais Saúde, da empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares e na própria Secretaria Municipal de Saúde, no Paço Municipal.

O esquema investigado

De acordo com a Polícia Civil, o esquema consiste na fraude de convênios firmados entre a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a Associação União Mais Saúde, uma entidade privada sem fins lucrativos, responsável pela intermediação de serviços e fornecimento de materiais hospitalares.

O contrato, que deveria atender às necessidades da saúde pública, teria sido utilizado para o desvio milionário de recursos públicos. A empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares, que figura como fornecedora no esquema, é acusada de superfaturar os materiais entregues e repassar valores indevidos a gestores e intermediários.

Segundo fontes da investigação, as irregularidades envolvem a falta de transparência na execução do contrato, subentrega de materiais e direcionamento de licitações, com uma clara conivência entre a SMS e as empresas contratadas.

Defesa dos envolvidos

Até o momento, a reportagem tentou contato com as defesas de Wilson Pollara, Quesede Ayres Henrique, Marcus Vinícius Lourenço e demais envolvidos, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Contexto da operação

Essa operação surge em um momento delicado para a gestão da saúde pública em Goiânia. Nos últimos meses, a pasta já enfrentava críticas sobre a precariedade do sistema, atrasos em atendimentos e problemas no fornecimento de insumos em unidades de saúde. As investigações aprofundam a desconfiança sobre a má gestão dos recursos.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, as provas recolhidas até o momento, incluindo documentos, computadores e contratos, são robustas e indicam um esquema “complexo e bem estruturado de corrupção”. A Polícia Civil não descarta novas fases da operação, com mais prisões e apreensões.

Próximos passos

Os investigados responderão pelos crimes de:

  • Fraude em licitação;
  • Desvio de recursos públicos;
  • Formação de organização criminosa;
  • Corrupção ativa e passiva.

Se condenados, as penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão. As investigações prosseguem para rastrear os destinos dos recursos desviados e identificar outros envolvidos no esquema.


A nova operação reforça a urgência de maior fiscalização e transparência no uso dos recursos destinados à saúde pública em Goiânia. Para a população, resta a expectativa de que as investigações resultem em responsabilização dos culpados e melhorias concretas no sistema de saúde da capital.

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Marcus

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