22 de dezembro de 2024
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Falta de combustível em carros da Prefeitura de Goiânia compromete fiscalização

Prefeito eleito, Sandro Mabel, denuncia situação e atribui problema a falhas contratuais com empresa de abastecimento. Vereadores e agentes da GCM precisaram arcar com os custos para evitar invasão de área pública.
Sede da Guarda Civil Metropolitana com o portão fechado (Reprodução/TV Anhanguera)

No último domingo (15), veículos da Prefeitura de Goiânia ficaram impossibilitados de realizar fiscalizações devido à falta de combustível, segundo denúncia do prefeito eleito, Sandro Mabel. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Mabel afirmou ter sido informado do problema pelo vereador Lucas Kitão. A situação gerou críticas e trouxe à tona falhas no contrato com a empresa responsável pelo abastecimento da frota municipal.

De acordo com Mabel, equipes da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) foram acionadas para fiscalizar uma possível invasão de uma área pública no Residencial Beatriz Nascimento. Contudo, as viaturas dessas secretarias não puderam se deslocar por falta de combustível.

“Recebi essa informação e pedi apoio imediato. Essa situação é inadmissível e reflete uma grave falha na gestão operacional”, disse Mabel.

Falha contratual e medidas emergenciais

A Secretaria de Administração de Goiânia informou que o problema foi causado pela empresa contratada para credenciar postos de combustíveis. O contrato previa o atendimento a todas as secretarias municipais por meio de 70 postos credenciados, mas, segundo a pasta, a empresa não cumpriu suas obrigações. A Prefeitura aguarda agora um parecer da Procuradoria Geral do Município para rescindir o contrato e realizar uma nova contratação emergencial que normalize o abastecimento.

Enquanto isso, para impedir a invasão no Residencial Beatriz Nascimento, foi necessário que o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, tomasse medidas alternativas. Ele acionou a Guarda Civil Metropolitana (GCM), mas encontrou o mesmo problema: as viaturas da GCM também estavam sem combustível.

“Foi preciso que nós, agentes, vereadores e até o próprio presidente da Câmara, custeássemos o abastecimento das viaturas com recursos próprios. Essa foi a única forma de evitar que a área pública fosse invadida”, explicou Policarpo.

Fiscalização tardia

Após o abastecimento emergencial, as viaturas chegaram ao local da denúncia, mas não encontraram mais sinais de invasão. Um agente da GCM que participou da operação afirmou que o atraso prejudicou a ação. “Se tivéssemos agido de imediato, talvez conseguíssemos evitar maiores danos. Isso não pode se repetir”, declarou.

Reflexos para a gestão de Mabel

A denúncia expõe desafios significativos na transição de governo e aponta para a necessidade de ajustes na gestão de contratos municipais. Sandro Mabel, que assumirá a Prefeitura em breve, já indicou que tratará a questão com prioridade. “Não podemos permitir que situações como essa coloquem em risco a fiscalização e a proteção do patrimônio público. Vamos reestruturar os processos e garantir eficiência na gestão”, afirmou.

A situação, porém, reflete problemas crônicos de planejamento e execução que, segundo especialistas, demandam mais do que ações emergenciais. Para Mabel, além de regularizar o abastecimento, será necessário reforçar a fiscalização para prevenir futuras invasões e manter a segurança patrimonial de áreas públicas.


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