Goiás conquista superávit histórico de US$ 6,3 bilhões na balança comercial em 2024
Exportações impulsionadas pelo agronegócio e parcerias internacionais colocam o estado em destaque no cenário econômico nacional.
Goiás encerra os primeiros 11 meses de 2024 com um saldo positivo de US$ 6,3 bilhões na balança comercial, reflexo de US$ 11,4 bilhões em exportações e US$ 5,1 bilhões em importações, de acordo com relatório da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, divulgado pela Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC).
O desempenho não apenas reafirma a força do estado no comércio exterior, mas também demonstra a eficácia de uma política econômica focada na valorização do agronegócio e na diversificação de mercados.
Exportações: Rio Verde lidera o protagonismo goiano
O município de Rio Verde desponta como o maior exportador de Goiás, respondendo por US$ 3 bilhões (28,65%) de todas as exportações estaduais. Em segundo lugar está Jataí, com US$ 1 bilhão (9,73%), seguido por Mozarlândia, que movimentou US$ 615,7 milhões (5,77%).
Entre os principais produtos exportados, o complexo soja é o carro-chefe, representando 52,96% das vendas externas, seguido por carnes (17,38%), ferroligas (7,02%) e açúcar (6,75%). Esses produtos têm na China o principal destino, país que absorveu 48,22% das exportações goianas neste ano.
“Os dados refletem a capacidade produtiva e a resiliência do agronegócio goiano, que vem se modernizando e ganhando espaço no mercado internacional”, afirma Joel de Sant’Anna Braga Filho, titular da SIC.
Importações: Anápolis como principal porta de entrada
Na contramão, as importações estaduais somaram US$ 5,1 bilhões no período, sendo que a maior parcela, 43,87%, passou por Anápolis, um importante polo industrial e logístico. A China também lidera como principal origem das importações, com 24,61% do total, seguida pela Alemanha (13,59%) e pelos Estados Unidos (13,01%).
Produtos como insumos para a indústria farmacêutica, tecnologia e máquinas agrícolas dominam a lista de itens importados, destacando a dependência estratégica de Goiás de matérias-primas e bens de capital para sustentar seu desenvolvimento industrial.
Desempenho nacional e comparação
No cenário nacional, a balança comercial brasileira também apresentou saldo positivo em novembro de 2024, com um superávit de US$ 7 bilhões, resultado de US$ 28 bilhões em exportações e US$ 20 bilhões em importações.
O desempenho goiano, mesmo em um contexto global desafiador, reflete a competitividade do estado e sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado internacional.
Desafios e perspectivas
Embora o saldo positivo seja motivo de celebração, especialistas alertam para a necessidade de diversificar ainda mais a pauta de exportação e reduzir a dependência da China, tanto como destino quanto como fornecedor. “É fundamental investir em novos mercados e agregar valor aos produtos exportados, ampliando a competitividade goiana no exterior”, observa o economista João Batista Ferreira.
Com uma gestão estadual focada em expandir parcerias internacionais e fomentar o desenvolvimento industrial, Goiás consolida sua posição como um dos principais motores econômicos do Brasil. Para 2025, o desafio será manter o ritmo de crescimento e buscar maior integração entre os setores produtivos do estado.
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