Lutador de jiu-jítsu acusado de violência doméstica enfrenta medidas protetivas após ser solto
Três ex-companheiras conseguem decisões judiciais para sua segurança após denúncias.
Duas ex-companheiras e uma terceira vítima conseguiram medidas protetivas na Justiça contra o lutador de jiu-jítsu Tiago Gomes de Oliveira, de 41 anos, após sua soltura. As denúncias envolvem ameaças de morte e violência doméstica, desencadeando um processo judicial complexo.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), uma das vítimas obteve a proteção no dia 8 de abril, momentos antes de Tiago ser solto. No dia seguinte, outra ex-namorada teve a decisão despachada, seguida pela terceira vítima em 15 de abril.
As mulheres expressaram medo e preocupação com a investigação em curso enquanto Tiago permanece em liberdade. Uma das vítimas declarou: “Alguém precisa parar esse homem”. A Polícia Civil revelou que o lutador é alvo de investigações por crimes como estupro de vulnerável e transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Ana Elisa Gomes, delegada responsável pelo caso, afirmou que Tiago está sendo investigado por pelo menos oito crimes cometidos contra as ex-companheiras.
As medidas protetivas emitidas determinam uma série de restrições ao lutador, incluindo proibição de aproximação das vítimas, de contato por qualquer meio de comunicação e de frequentar locais frequentados pelas mesmas. Além disso, ele é obrigado a participar de um projeto reflexivo para homens autores de violência doméstica.
A decisão de soltura, foi tomada depois que Tiago foi preso por policiais militares durante uma competição de luta no Ginásio Rio Vermelho, em 6 de abril. Entretanto, foi solto dois dias depois após a Justiça entender que a prisão foi ilegal, alegando que a audiência de custódia foi realizada sem a presença do Ministério Público de Goiás (MPGO).
O MPGO, por sua vez, contestou essa interpretação, afirmando que um promotor participou da audiência de custódia e que a decisão do desembargador foi equivocada.
A defesa de Tiago, representada pelo advogado Alex Tavares, questionou a demora das vítimas em denunciar, sugerindo que as ex-companheiras teriam premeditado a ação por estarem presentes no campeonato no dia da prisão do lutador.